Seleção Pública de Projetos Esportivos Educacionais

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Prática de esportes na infância requer cuidados



Saiba qual a idade mínima para começar a praticar esportes e os principais cuidados que devem ser tomados 

A prática da atividade física é, sem dúvida, primordial para a qualidade de vida e, nesse sentido, o esporte é
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uma dos exercícios que mais trazem benefícios ao organismo. Porém, na infância, a prática de esporte deve ser monitorada, pois diversas partes do organismo estão se formando ou desenvolvendo. Na infância todas as decisões são tomadas pelos pais, e por isso deve-se tomar cuidado com as modalidades esportivas que são escolhidas para a criança. 


“É preciso estar muito atento para que não se cobre da criança um nível de desempenho não compatível com a sua idade. O esqueleto em crescimento pode ser muito lesado se receber uma carga de treinamento muito grande. Da mesma forma, a criança pode se desmotivar se perceber que não corresponde às expectativas dos adultos em relação ao seu desempenho, podendo assim desistir da atividade, sem ter a oportunidade de atingir seu potencial”, esclarece a ortopedista do Hospital do Coração – HCor, Patrícia Moreno Grangeiro. 

Infância 

A prática de esportes na infância é considerada sadia a partir dos primeiros passos da criança, porém essa atividade deve ser recreativa, sem exigir esforço físico. “A criança pode praticar esporte a partir do momento que começa a andar, mas não um esporte competitivo. A criança só tem maturidade esquelética e motora para praticar esporte de time a partir dos sete anos de idade. Antes disso são indicados somente movimentos recreativos, como atividades de correr, pular e atividades lúdicas que sugiram o ato esportivo”, aconselha o ortopedista do HCor, Dr. Sérgio Xavier. 

Um dos esportes mais indicados é a natação que diminui os riscos de quedas e machucados, além de dar maior autoconfiança. Trabalhando com outras crianças o fator sociabilidade também será desenvolvido. Além disso, a atividade auxilia na melhoria de problemas respiratórios além de trazer benefícios no desenvolvimento psicomotor e na participação e construção do esquema corporal. 

Fase escolar 

Na fase escolar, em que a criança tem mais contato com as atividades esportivas, recomenda-se que um médico faça uma avaliação para a liberação do exercício. “As principais lesões são causadas por problemas não detectados antes da prática esportiva, como é o caso das dificuldades respiratórias. Do ponto de vista estrutural, temos que ficar atentos às mal-formações congênitas e aos desvios de coluna, que são comuns”, destaca Dr. Sérgio. 

Pré-adolescência 

Já na pré-adolescência surge a preocupação com a aparência e muitos jovens buscam em academias de ginástica a prática dos exercícios físicos para moldar o corpo e realçar a musculatura. Além disso, existem as dietas que já fazem parte da rotina de alguns jovens. “A busca dos exercícios físicos como uma forma de adquirir a aparência desejada ocorre com frequência. Mas deve-se estar atento para que a sobrecarga de exercícios, o desequilíbrio alimentar ou o uso de drogas não se associe a esse objetivo”, alerta Dra. Patrícia. 

De acordo com o Dr. Sérgio, a criança ou jovem deve fazer apenas exercícios aeróbicos como pedalar e correr. Na academia não é indicado a realização de séries pesadas de exercícios, respeitando sempre o limite de cada indivíduo para que a atividade não prejudique ao invés de auxiliar no desenvolvimento. “Treinos pesados, com o objetivo de definir a musculatura, não são recomendados, pois o excesso de peso inibe o hormônio de crescimento e desacelera o desenvolvimento da criança. Por exemplo: os levantadores de peso olímpicos são, na maioria, de baixa estatura”, ressalta Dr. Sérgio.


Fonte: Site Dicas da Dinda

Esporte para crianças e adolescentes


No momento em que a criança inicia uma atividade física, juntamente com os benefícios físicos, ela obtém também benefícios sociais e psicológicos
Por Daniela Schramm Szenészi  daniela.psiesporte@gmail.com 
No momento em que a criança inicia uma atividade física, juntamente com os benefícios físicos, ela obtém também benefícios sociais e psicológicos. Antes de qualquer expectativa quanto ao desempenho da criança, é
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fundamental o respeito à fase de desenvolvimento motor que ela se encontra, assim como sua maturação cognitiva e emocional.

O esporte deve ser um prazer, uma brincadeira. Deve ser o momento de encontrar os amigos e se divertir e, junto com isso, aprender um esporte e desenvolver habilidades físicas. Segundo De Rose (2002), até os 6 anos a criança imita superficialmente as regras, mas comumente só existem vencedores e nenhum perdedor. Até os 11 anos, cria-se o gosto pela vitória sobre o oponente, respeitando rigorosamente a regra, sendo ainda muito importante o prazer pela atividade.

Dos 11 anos em diante as regras são bem entendidas e seguidas, não tirando a possibilidade de elaborar novas regras próprias. De Rose afirma ainda que até os 7 anos as atividades motoras são fontes de prazer e experiências de conhecimento de suas capacidades e limitações. A performance com significado social só ocorre a partir deste período e persiste até os 10 anos, persistindo porém a dificuldade de compreensão das relações causais de desempenho, sendo assim, atribuir relações causais incorretas às derrotas (dificuldade do jogo, falta de habilidade, falta de esforço, etc.) pode causar frustração e conseqüente falta de motivação.

Assim, até aproximadamente os 12 anos, o esporte deve manter o foco na brincadeira, no lúdico, e a partir daí ser exigido mais atenção às regras e execução dos movimentos corretos.

Em relação à competição, é importante partir da própria criança a vontade de fazer parte dela ou não. Quando a competição é mais um momento de encontrar os amigos, torcer por eles e passar um dia divertido, do que vencer ou perder, as chances dela participar e sair satisfeita são maiores. A escolha do esporte a ser praticado também deve partir da própria criança. Os pais podem sugerir que seu filho experimente esportes específicos, mas a escolha em continuar a atividade deve ser da própria criança. È muito comum também que a criança mude de esporte a cada ano, e esse é um comportamento saudável. É preferível que a criança experimente diversos esportes e se divirta muito com eles, do que seja obrigado a participar de apenas uma atividade e perder a motivação e o gosto pelo esporte.

O importante é que a criança cresça ativa e desenvolva suas habilidade físicas e sociais. É sabido que o esporte traz uma vida saudável para todos. Pesquisas apontam que além de um bom condicionamento físico, o esporte traz disciplina, organização de objetivos e metas, persistência e a flexibilidade de lidar com todos os tipos de resultados. Adultos que foram atletas quando criança e adolescentes, levam a experiência esportiva para o meio profissional e tendem a ser pessoas de maior sucesso.

Um grande abraço à todos e bons treinos!


Fonte: Site Ativo.com

Importância do sono em crianças e adolescentes

O sono é uma função biológica fundamental em nossas vidas. Estudos demonstraram a grande importância desse momento de repouso na consolidação da memória e restauração da energia (Reimão, 1996; Muller, 2007). Mesmo assim, as mudanças na sociedade moderna obrigaram as pessoas a cumprir com as suas atividades sociais em períodos variados, fazendo com que o repousar tivesse seu tempo cada vez menor.

A quantidade de sono necessária para cada pessoa depende do estágio de vida em que ela se encontra. Sabe-se que o adormecer diminui com o passar dos anos, mantendo-se maior durante a infância e diminuindo durante as fases da adolescência, adulta e velhice.
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Em crianças, a quantidade de sono é maior que em qualquer fase do desenvolvimento humano e varia de acordo com a idade. Por exemplo, no primeiro mês de vida, o período de repouso vai diminuindo em torno de 14 horas por dia até chegar a 12 horas no sexto mês. A partir daí, o sono da criança reduz em uma média de 30 minutos ao ano até os cinco anos de idade (Muller, 2007).

Na fase da adolescência, o ritmo de sono é diferente. Foi comprovado cientificamente que o adolescente passa por alterações hormonais que fazem com que o seu ciclo de sono-vigília fique alterado. Assim, é comum o adolescente sentir sono durante o período da manhã e tornar-se alerta a partir do meio da tarde (Muller, 2007).

Mesmo assim, crianças e adolescentes permanecem constantemente envolvidos em atividades sociais que são comuns entre seus amigos, fazendo com que a regulação do ciclo de sono-vigília, que já é perturbado naturalmente nestas fases, fique cada vez mais alterado. Uma boa noite de sono é deixada de lado em prol da exposição a jogos e salas de bate-papo em computadores; programas de televisão; passeios e baladas à noite.

Noite de sono mal dormida
Uma das primeiras queixas observada pelos pais de crianças e adolescentes é que seu filho vem apresentando um desempenho escolar reduzido por conta da sua dificuldade em se concentrar e manter a atenção. Realmente a capacidade de memorização do jovem ficará comprometida por causa de um período pequeno dedicado ao repouso.

Há crianças que ainda relatam que em razão do baixo rendimento escolar, acabam sentindo-se tristes por não conseguirem acompanhar os demais colegas em sala de aula. Outros ainda informam que por não ter capacidade de se concentrarem, acabam ficando irritados e agressivos com os demais amigos, desestimulando ainda mais a retomada nos estudos.

Muitas vezes, há casos em que o fato do filho não querer dormir, não seja apenas porque ele parece ser uma pessoa rebelde ou desorganizada, mas pode ser a manifestação de um sintoma de uma doença grave tal como a depressão ou hiperatividade. Além disso, doenças clínicas tais como as respiratórias podem atrapalhar uma qualidade de sono adequada.

Para se ter uma idéia, uma pesquisa realizada em países norte-americanos, constatou-se que 25% dos pais têm queixas relacionadas ao sono dos filhos. Dentre essas queixas, 38% eram relacionadas a parassonias (sonambulismo ou terror noturno), 14% mencionavam sonolência excessiva e 11% apresentavam transtorno respiratório de sono (Archbold, 2002).

Mudanças de atitudes
Queixas como insônias, presença de sonolência excessiva durante o dia e dificuldades em iniciar ou manter o sono são abordadas por crianças e adolescentes que estão inseridas em rotinas familiares que precisam ser reorganizadas. Normalmente um terapeuta fará, juntamente com o paciente e o responsável, um diário do sono da criança ou adolescente. Nele, são marcados os horários em que a família vai deitar, que inicia o sono, quantos despertares no meio da noite, assim como o horário em que acordam e levantam.

A partir disso, são feitas intervenções educacionais e comportamentais, focando principalmente na qualidade do sono. Ao longo de todo o tratamento, há mudanças de atitudes básicas tais como o escuro no quarto no momento de dormir, passando até por técnicas de relaxamento.

Referências Bibliográficas:
Reimão, R. (1996). Sono: estudo abrangente (2a. ed.). São Paulo: Atheneu.
Muller, M. R.; Guimarães, S. S. Impacto dos transtornos do sono sobre o funcionamento diário a e a qualidade de vida. Estudos psicolo. Campinas. 24(4): 519-528, 2007.
Archbold, KH; Pituch, KJ; Panahi, P; Chervin, RD. Symptoms of sleep disturbances among children at two general pediatric clinics. J. Pediatric. 149: 97-102, 2002.


Fonte: Núcleo Percepção

Pais e filhos - Como integrar os pais na vida escolar e nas atividades dentro e fora da escola


A educação e a aprendizagem não podem ser reduzidas ao contexto escolar. Assim, é importante a interação e efetiva participação dos pais na vida escolar de seus filhos. Os professores têm inúmeras funções pedagógicas, entre elas a de motivar o aluno a aprender. Porém, nenhum de seus esforços será completo se a família não assumir, também, a responsabilidade de fomentar uma aprendizagem realmente significativa. Ou
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seja, escola e família devem estar engajadas nesse processo, pois só assim será possível ao professor atuar com êxito em sala de aula e com mais propriedade no dia a dia da criança – pois terá conhecimento sobre seus alunos e suas histórias de vida.


Para um bom rendimento escolar, a participação dos pais é fundamental. Alguns especialistas chegam a dizer que nenhum outro fator tem tanto impacto positivo como esse. O Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) estudou o assunto no Brasil e concluiu que apenas incentivar o filho a fazer as lições de casa e ir à escola todos os dias, providenciar um lugar tranquilo onde ele possa estudar e comparecer às reuniões de pais tem o efeito de elevar as notas em cerca de 15%.


Não há, então, como negar que os pais têm um papel de protagonistas no desenvolvimento escolar de seus filhos – e a escola pode trabalhar isso de forma ativa, elaborando projetos que incentivem e favoreçam a integração dos pais com a escola e com tudo que a criança faz dentro dela.

Pensando nisso, o Ateliê Maria Flor desenvolveu um trabalho para que as escolas pudessem realizar atividades manuais e artesanais com os pequenos e, ao mesmo tempo, preencher essa necessidade de ter os pais mais próximos. Fátima Rodrigues, diretora do ateliê, diz que esse tipo de iniciativa facilita muito a integração e tem resultados muito positivos.


Fonte: Revista Guia Infantil