Seleção Pública de Projetos Esportivos Educacionais

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Aniversário do Meio Ambiente

Junho é o mês do Meio Ambiente desde 1972, quando a ONU realizou a Conferência Ambiental de Estocolmo e definiu o dia 5 como Dia Mundial do Meio Ambiente. Vinte anos depois, a partir da Rio 92, junho também passou a abrigar o Dia Mundial dos Oceanos (8 de junho).
Duas décadas separam a criação dessas datas, embora o movimento de valorização ambiental seja contínuo. Neste sentido, os esforços da ONU são notáveis e lembram a todos a importância da preservação da natureza por meio de campanhas mobilizadoras anuais.
O êxito dessas iniciativas depende de uma mudança de comportamento e, a despeito dos avanços, a Rio+20 de 2012 deixou claro que os discursos continuam distantes das práticas. Isso se explica, mas não se resolve com facilidade. A mudança de comportamento implica persistência na educação, para adotarmos novos hábitos em casa e nos lugares que frequentamos. Além disso, há a grande ameaça das questões econômicas e disputas de poder que atingem todos os cantos do planeta.

Sucesso da reciclagem

A reciclagem é o melhor exemplo de comportamento favorável ao Meio Ambiente no Brasil. Ano a ano, crescem os índices de coleta e de reciclagem de resíduos. As latas de alumínio são campeãs de bilheteria. Praticamente todas as latas colocadas no mercado são recolhidas. Em 2010, os brasileiros coletaram 97,6% das latas pós-consumo. Em 2011, esse índice subiu para 98,3%.
Em 2010 foram reciclados 19,4% de resíduos plásticos pós-consumo. O índice de 2011 chegou a 21,7%. Isso corresponde a 1,077 milhão de toneladas de plástico (sem contar o PET), segundo a Plastivida Instituto Socioambiental dos Plásticos.
As garrafas PET não ficaram atrás. De acordo com a Abipet (Associação Brasileira da Indústria do PET), em 2011 foram recicladas 57,1% (294 mil toneladas) do total de embalagens PET descartadas. Em 2010, o percentual de reciclagem foi de 52,85% (282 mil toneladas).
Um próximo passo em defesa do Meio Ambiente tem a ver com o jeito de consumir e o de fabricar. Reutilizar o que for possível é o que se espera do consumidor, em substituição ao descarte indiscriminado. Muitas embalagens de plástico e de vidro poderiam ter vida longa no ambiente doméstico. Assim, pouparíamos mais água e energia para outros fins.
Com a logística reversa, espera-se que o fabricante recolha os equipamentos (principalmente os eletrônicos) pós-consumo, cuide da reciclagem e até reutilize componentes. Afinal, muitos dos eletrônicos em boas condições são descartados por modismo.

Casca de mexerica na calçada

Entre agosto de 2011 e julho de 2012, o desmatamento da Amazônia Legal teve o seu menor índice desde 1988. A área desmatada foi de 4.571 km², equivalente a três vezes o tamanho do Município de São Paulo.
Já na Mata Atlântica, 235 km² foram desmatados entre 2011 e 2012. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), esse foi o maior desmatamento registrado desde 2008 pela pesquisa do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica.
Ao final de maio, soubemos que a atmosfera registrou 400 ppm, ou seja 400 partículas de dióxido de carbono por um milhão. Isso significa um marco perigoso de saturação de gás carbônico na atmosfera, provocado por vários fatores. A queima excessiva de combustíveis fósseis (petróleo e seus derivados) é o principal deles.
Isso pode provocar alterações graves no clima mundial, como, por exemplo, temperaturas muito mais elevadas do que as que podemos suportar e aumento dos oceanos. O assunto é sério, mas como parece muito técnico e sem data certa para acontecer, poucos deram a devida atenção a ele.
Para finalizar, um registro. Em dia do Meio Ambiente, uma jovem deixava um rastro de cascas de mexerica (bergamota, tangerina, dependendo de onde o leitor estiver) pela calçada de uma rua movimentada de São Paulo. Se fosse num pedaço de terra, as cascas serviriam de adubo. Ao menos haveria um motivo para comemorar.
Autora: Lucila Cano (UOL Educação)