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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Especialistas dão dicas para não apressar o fim da infância

Elas começam a se preocupar mais com beleza e garotos. Eles ainda esperneiam e passam a brigar para ajudar nas tarefas da casa. Em comum, a idade: oito anos. Nesta fase, em que os filhos ainda não chegaram à adolescência, mas também já cresceram para ser tratados como bebês, é normal que os pais se sintam em dúvida em como tratá-los. Equilíbrio, diálogo e bom senso são os principais aliados nessa etapa.
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Quando eles são pequenos, o mundo detêm um vocabulário próprio. As pessoas, os animais e os objetos passam a ser chamados por onomatopeias, diminutivos e apelidos. Sem contar a dicção, que ainda está em pleno desenvolvimento. Segunda a gerente de psicologia do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, Ana Merzel, é normal e positivo que os bebês se expressem e respondam ao chamado "manhês", em que a fala é mais aguda, mais engraçadinha e o vocabulário é ainda bastante limitado. Afinal, o mais importante na primeira infância é estabelecer um vínculo com a criança. Conforme se desenvolve, necessidades e possibilidades mudam. Os adultos devem estar atentos a isso e se adaptar. Com o tempo, a linguagem vai se tornar mais complexa.
Já quando as crianças crescem, os pais podem ter dúvidas em relação ao desenvolvimento do filho, daí a importância de conhecê-lo melhor e se informar com um pediatra. Fazer comparações ou suposições não ajuda. Segundo a psicóloga do Hospital São Camilo, de São Paulo, Rita Calegari, a família precisa entender que cada criança tem um ritmo próprio de amadurecimento, assim como diferentes habilidades. Comparar com um familiar ou um colega pode ser muito negativo, pois desvaloriza o pequeno e ainda pode soar como uma acusação injusta, ainda mais porque em muitos casos não se leva em conta a idade, apenas o exemplo.
Já cobrar é um ato que não deve virar rotina na vida das crianças. Em alguns casos, isso precisará ser empregado, mas sempre de forma paciente e respeitável. Incentivar e conversar geralmente são a melhor opção. No entanto, crianças muito novas tendem a se dispersar em meio à conversa. Se um bebê de três anos costuma gaguejar, o que é comum nessa faixa etária, é errado que os pais digam toda a hora para que ele fale corretamente. A família pode corrigi-lo, às vezes, e tentar ajudar, mas é preciso ser coerente. Exigir demais, apontar e envergonhar podem causar, em casos extremos, quadros de estresse, ansiedade, depressão ou distúrbio comportamental.
Pequenas frustrações têm um saldo positivo
Da mesma forma que é errado cobrar demais, também não se deve assentir a tudo que a criança desejar. É ruim criar com mimos em excesso. Os pequenos precisam entender que não podem tudo e que os outros também têm as suas próprias vontades, que devem ser respeitadas. Afinal, lidar com a frustração faz parte da vida. Se não estiverem preparados e viverem em uma espécie de redoma, eles vão sofrer muito mais quando entrarem na escola, por exemplo. Uma criança mimada terá muito mais dificuldade para lidar com os professores e os colegas, inclusive pelo simples fato de que precisarão dividir os materiais e a atenção. Ela precisa entender que não poderão vencer em tudo e que terá que lidar e aceitar algumas derrotas.
Segundo Rita, permitir que os pequenos tenham tudo o que desejarem também impede que possam desfrutar dos prazeres das descobertas. É positivo que eles aproveitem todas as possibilidades da infância em vez de desviarem as atenções para assuntos de adulto. Afinal, trata-se de um período tão curto e tão importante da vida, que precisa ser bem usufruído. O melhor é deixar que tudo ocorra no seu devido tempo. Portanto, não há problema em se vestir de adulto, se for brincadeira. A questão é quando a criança começa a portar como se fosse gente grande, descaracterizando-se.
Da mesma forma, não há problema em tratar um criança como uma. Só há erros se houver uma infantilização ou inferiorização da mesma. O que os pais precisam deixar evidente é que há diferenças entre estar na infância, na adolescência e na idade adulta, e que cada fase tem seus direitos e deveres. Portanto, a família pode, e às vezes até deve, explicar que um menino não pode fazer alguma coisa porque é pequeno demais. No entanto, é importante ter coerência. Rita cita o exemplo de uma família que vai sair à noite no final de semana. Os pais não podem dizer durante a semana que a criança tem que dormir cedo porque ainda é muito nova, mas exigir que ela vá para cama tarde no sábado porque já é uma mocinha.
Ser criança não é, no entanto, desculpa para a estagnação. É necessário aproveitar as possibilidades da faixa etária, mas também estar aberto para aprender. Da mesma forma, o amadurecimento também requer novos desafios e tarefas, o que começa dentro de casa e desde cedo. A família pode ajudar e deve orientar, mas não entregar tudo pronto. Afinal, as crianças precisam entender que é importante colaborar com a harmonia da casa e, para isso, é necessário realizar algumas tarefas, como guardar os brinquedos e arrumar a cama.
Criar os filhos podem não ser simples, mas também não é um exercício de totalitarismo. Permitir uma certa independência e iniciativa das crianças é importante, assim como impor alguns limites. A infância é tão curta e tão relevante para o desenvolvimento humano que usufrui-la é a melhor opção.


Fonte: M de Mulher

Descubra como estimular a criatividade da criança


A criatividade é muito importante na vida de uma pessoa, pois ela é responsável pela sua comunicabilidade, confiança e inteligência, devendo ser estimulada desde a infância.


criatividade é muito importante na vida de uma criança, pois ela é responsável pela sua
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inteligência, segurança e individualidade, ou seja, na sua preparação para se tornar um adulto independente e bem resolvido. Por isso, descubra como estimular a criatividade da criança.
Enquanto o bebê está se formando no ventre da sua mãe, ele já pode ouvir e sentir tudo o que acontece no mundo externo. Sendo assim, a sua criatividade já pode começar a ser estimulada desde a sua gestação. Então, converse bastante com o seu bebê, além de cantar e dar muita risada. Assim, ele nascerá mais calmo e pronto para enfrentar esse mundo.
A infância é a fase mais importante para que a criatividade seja estimulada, porque é nela que os nossos sentimentos e dons são aflorados. Desde pequena, a criança é capaz de compreender o que você diz, nem que seja pela sua expressão ou pelo seu tom de voz. Por isso, converse muito com ela, sempre olhando em seus olhos para lhe passar confiança.
As historinhas infantis têm bastante importância na vida criativa das crianças, pois elas as transportam para um mundo novo, cheio de fantasias e belezas. Além de ler livros para elas, invente as suas próprias histórias e, se possível, deixe que elas as terminem com as suas ideias. Esse exercício faz com que elas sejam ótimas escritoras na adolescência e na vida adulta.

Fonte: Mundo das Tribos 

Pesquisadora afirma que crianças ociosas se tornam mais criativas


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Para Teresa Belton, que entrevistou artistas e cientistas, excesso de atividade pode minar desenvolvimento da imaginação. 


Crianças devem ser motivadas a ficarem ociosas e entediadas para desenvolverem sua capacidade criativa, afirma uma especialista em educação.
Para Teresa Belton, pesquisadora da Universidade East Anglia, na Grã-Bretanha, a expectativa cultural de que as crianças estejam sempre ativas pode minar o desenvolvimento de sua imaginação.
Em seu estudo, Belton ouviu a escritora Meera Syal e o artista plástico Grayson Perry sobre como o tédio os ajudou a desenvolver sua criatividade na infância.
Além de escritora e jornalista, Syal é uma famosa comediante na Grã-Bretanha. Perry é hoje um reconhecido artista que faz trabalhos em cerâmica, e suas criações já foram expostas até mesmo no Museu Britânico, em Londres.
Syal disse que o tédio fez com que ela escrevesse, enquanto Perry afirmou que isso era um estado criativo para ele.
A pesquisadora ainda entrevistou um grande número de outros escritores, artistas e cientistas, durante sua busca sobre os efeitos do tédio.
Ela estudou as memórias da infância de Syal, que cresceu numa pequena vila de mineiros, lugar sem muita coisa para fazer.
Belton disse que "a ausência de coisas para fazer motivou [a escritora Syal] a gastar horas do dia a falar com outras pessoas e a tentar outras atividades que em outras circunstâncias ela jamais teria experimentado, como interagir com os mais velhos e vizinhos e aprender a fazer bolos".
"Tédio é frequentemente associado a solidão, e Syal gastou horas de sua infância observando pela janela o campo e as florestas, assistindo a mudança do clima e das estações".
"Mas o mais importante foi que o tédio a fez escrever. Ela mantinha um diário desde pequena, que preenchia com observações, pequenas histórias, poemas e críticas. Ela atribui a esta fase seus primeiros passos como a escritora que se tornaria mais tarde", disse Belton.
Reflexão
Syal, a comediante e escritora, disse que "a solidão imposta como uma página em branco foi um ótimo estímulo".
Já o artista plástico Grayson Perry afirma que o tédio também pode ser benéfico para adultos: "conforme fui envelhecendo, passei a apreciar a reflexão e o tédio. O ócio é um estado muito criativo".
A neurocientista e especialista em deterioração da mente Suzan Greenfield, que também respondeu a questões para a pesquisa de Belton, relembrou a infância em uma família com muito pouco dinheiro e sem irmãos até os 13 anos de idade.
"Ela confortavelmente divertia a si mesma, inventando histórias, desenhando figuras para suas fantasias e indo até a biblioteca", disse Belton.
Ainda de acordo com Belton, que também é especialista no impacto das emoções no comportamento e aprendizado, o tédio pode ser um "sentimento desconfortável". Para ela a sociedade "desenvolveu uma expectativa de ser constantemente ocupada e constantemente estimulada".
Mas ela advertiu que a criatividade "envolve ser capaz de desenvolver um estímulo interno".
"A natureza estimula um vácuo que tentamos preencher", disse ela. "Alguns jovens que não têm a capacidade interior ou a resposta para lidar com o tédio criativamente. Às vezes eles terminam vandalizando abrigos de pontos de ônibus ou saindo inadvertidamente para um passeio de carro".
Curto-circuito
Belton, que também já estudou o impacto da televisão e vídeos na escrita das crianças, afirma ainda que "quando os pequenos não têm nada para fazer, eles imediatamente ligam a TV, o computador, o celular ou algum tipo aparelho com tela. O tempo gasto com estas coisas aumentou".
"Mas crianças precisam ter um tempo para parar e pensar, imaginando que eles possuem seus próprios processos de pensamento e assimilação, por meio de experiências com brincadeiras ou apenas observando o mundo ao seu redor".
Este é o tipo de coisa que estimula a imaginação, ressalta a pesquisadora, enquanto a tela de alguns aparelhos "tende a criar um curto-circuito no processo de desenvolvimento da capacidade criativa".
Syal ainda reforça: "Você começa a escrever porque não há nada para provar, nada a perder e nenhuma outra coisa para fazer".
"É muito libertador ser criativo por nenhuma outra razão além do próprio passatempo".
Belton conclui: "Para o bem da criatividade talvez devamos diminuir nosso ritmo e ficar offline de tempos em tempos".

Fonte: G1

Especialista comenta participação dos pais na formação escolar dos filhos


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Segundo psicanalista e professora na Faculdade de Educação da UFRGS Roséli Cabistani, é importante compartilhar experiências

Muito se tem escutado sobre a importância da participação da família junto à escola e à vida escolar das crianças e jovens, porém há um assunto que vem antes desse, que é o do frequente abandono, por parte dos pais, das responsabilidades que a família assumia tradicionalmente.
Uma criança nasce duas vezes. Além do nascimento biológico, ela precisa nascer como sujeito e esta função de trazer um filho ao mundo para ser um sujeito de direitos e deveres precisa voltar a ser assumida pelas famílias. Chamava-se a isso de primeira educação. A função de ensinar "civilidade" aos filhos cabe aos pais. Estes devem transmitir valores que permitam aos filhos conviver com o semelhante, sem vê-lo como ameaça, respeitar os professores, porque os pais os respeitam, e valorizar a aprendizagem, porque os pais a valorizam. Sem isso a tarefa da escola torna-se muito difícil e é o cenário que temos hoje.
Os pais acabam valorizando pouco o tempo que passam com os filhos, tão preocupados estão em lhes proporcionar uma boa vida, rodeada pelos objetos de consumos que parecem tão necessários à sobrevivência, ou os cursos que farão deles adultos de sucesso. Nesta lógica sentem-se frágeis e dispensáveis para educar seus filhos, como se o mundo dos objetos, o último computador, toda a parafernália tecnológica que nos cerca, fosse mais importante que a sua palavra e a sua presença.
Mesmo que o tempo que tem com seus filhos seja pouco, valorize-o. Conte-lhes as suas experiências escolares. Se você aproveitou ou se gostaria de ter aproveitado mais. Conte-lhe que ele hoje tem mais acesso do que você teve . Não se furte de dar sua opinião sobre os assuntos escolares. Lembre-se de que, se você não der, alguém vai dar no seu lugar. E aí você vai estar abrindo mão de educar seu filho.
Com estas ferramentas a vida escolar dele vai ficar muito mais facilitada, pelas referências que ele leva de casa. Na parceria família e escola é preciso abrir espaço para pensar-se e pensar o mundo no qual criamos nossos filhos e educamos nossos alunos.
Roséli Olabarriaga Cabistani, psicanalista e professora na Faculdade de Educação da UFRGS

Fonte: Clic RBS