Seleção Pública de Projetos Esportivos Educacionais

terça-feira, 25 de junho de 2013

Prática de esportes desperta na criança o sentimento de cidadania

A prática de esportes sempre foi recomendada. Uma atividade esportiva deve ser praticada por pessoas de todas as idades, das mais jovens aos mais idosos.
Contudo, com a onda dos computadores e jogos eletrônicos, muitas crianças estão deixando as atividades físicas de lado para ficarem horas sentadas na frente da TV ou jogando, algo que não é nada saudável.
Por isso, confira 10 motivos porque uma criança deve praticar esporte.
1 – MELHORA O CORPO E A MENTE
Com a prática esportiva, a criança desenvolve a parte motora, ganha agilidade, amplia seus movimentos (noção de lateralidade, direção, espaço e tempo) e habilidades como correr, driblar, arremessar e rebater. 
Também cria condicionamento físico, que aumenta sua capacidade cardiovascular, muscular (força e resistência) e respiratória. 
O esporte ainda estimula o raciocínio e melhora as relações afetivas, da criança com seu próprio corpo e com as outras crianças.
2 – PREVINE A OBESIDADE 
Nos últimos dez anos, dobrou o número de crianças e adolescentes com problemas de peso. 
De 8% a 10% deles são considerados obesos, com 60% de probabilidade de continuarem obesos na fase adulta. 
No adulto, o problema leva a outros males, como diabetes, pressão alta, colesterol e etc. 
O organismo atinge seu auge de funcionamento entre 20 e 25 anos. A partir dos 30 anos, a queima de gordura fica mais difícil, perde-se flexibilidade e massa muscular. A atividade física retarda o processo.
3 – CRIA BONS HÁBITOS
O esporte tira a criança da TV, do videogame e do computador e ainda ajuda a queimar as calorias pouco nutritivas dos adorados fast-foods. 
Quanto mais precoce o contato com as atividades físicas, melhor. Por não ter ainda hábitos consolidados, a criança está mais aberta a mudanças de rotina. E melhor ainda se ela gostar do esporte oferecido. Quer melhorar seu desempenho por conta própria, o que terá reflexos na alimentação, no sono e na disposição durante o dia.
4 – ATIVA O CRESCIMENTO
A atividade física hoje é essencial para a qualidade de vida em qualquer idade, ajudando a ter um crescimento saudável. Lembrando que a atividade mais adequada é aquela que a própria criança gosta de fazer. 
Muitas vezes o que acontece é que os pais forçam os filhos a fazerem atividades que eles gostariam que o filho fizesse e não o que o filho realmente gosta de fazer. 
Todas as atividades trazem benefícios desde que praticadas adequadamente e orientadas por profissionais de Educação Física capacitados, sempre respeitando a individualidade biológica de cada criança, características da faixa etária, frequência, duração e continuidade das atividades.
5 – EXERCITA A CRIATIVIDADE
No início, o esporte deve ter foco lúdico e formativo, uma vez que é por meio das brincadeiras e das mais variadas vivências corporais que a criança começa a inventar sua maneira de jogar, criando suas próprias regras. Surgem aí muitos jogos simbólicos, ótimos para estimular a imaginação. 
Como a atividade envolve mais crianças, com fantasias diferentes, pode resultar numa produção cultural, com coreografias e estratégias diversas. 
Essa variedade implica arriscar, experimentar, ver o que dá certo ou errado. 
As conquistas estimulam as crianças a buscarem mais desafios, tornando as atividades mais complexas (formativas e esportivas) com o passar da idade, incluindo regras e fundamentos específicos exigidos por cada modalidade, respeitando o amadurecimento da criança sempre.
6 – APRENDE A DECIDIR
No esporte a criança trabalha a tomada de decisão, isto se aplica ao ser escolhido para o time ou pensar na melhor forma de jogar. 
Durante as atividades eles aprendem a decidir e também a observar qualidades e dificuldades próprias e nos colegas. Percebe e aceita as diferenças. 
O adulto que acompanha a atividade aponta aspectos importantes para que a tomada de decisão seja utilizado sempre o bom senso.
7 – ESTIMULA VALORES
No esporte, a criança testa suas limitações e descobre suas potencialidades. 
Percebe que tem de se esforçar para conquistar seus objetivos. Consegue enxergar as necessidades do outro e descobre a importância da cooperação. Faz com que ela perceba que a violência só acaba com o jogo. 
Com isso, ela aprende a respeitar o colega de equipe e o adversário, e a valorizar as regras de convivência.
8 – PRATICA O PERDE-E-GANHA
A competição é indicada a partir dos 12, 13 anos. O treinamento precoce e cobranças podem atrapalhar o rendimento. 
Na fase certa, a criança tem preparo físico para aguentar disputas acirradas e psicológicas para enfrentar as frustrações. 
Perder vai ser chato, mas também mostrara a ela que as vitórias dependem de vários fatores, como a disposição no dia, o esforço, a habilidade individual ou do time, dedicação nos treinos, onde vencer será também o resultado e consequência de tudo isso. 
O que será valorizado é o processo para chegar a um resultado. A premiação mais significativa deve vir de elogios da participação e o consolo mais útil na motivação para não desistir diante das dificuldades.
9 – DESPERTA O CIDADÃO
O esporte costuma oferecer contato com a natureza, despertando na criança o sentimento de cidadania. 
Ela aprende a valorizar o meio em que vive e aprende a preservá-lo. Isso é típico em esportes na água, com animais (hipismo), nas quadras de vôlei ou futebol de campo e na areia e também nos radicais, como o surf, escalada, rafting e trilhas.
10- CULTIVA O PRAZER
Os bons resultados ou a brincadeira no esporte alimentam o prazer. Por isso, é bom que a criança tenha acesso a várias modalidades. 
Ao escolher a criança provavelmente optará pelo que se acha mais capaz de fazer e se sentirá segura e com desenvoltura. 
Os pais, familiares e professores podem auxiliar na escolha com informações e também ressaltando as respostas positivas que ele obteve com esta ou aquela atividade.
A atividade física é um meio de desenvolvimento global do ser humano nos seus aspectos: cognitivo, sócio-efetivo, psicomotor, onde o maior intuito é desenvolvimento, sociabilização e diversão por meio das mais variadas práticas esportivas para toda a família, no tempo que dispuserem e com segurança. 
Desde bebês, passando pela adolescência, alcançando a fase adulta, todos precisam de acompanhamento e treinamento direcionados às expectativas de cada um, respeitando os limites e características de cada faixa etária.

Fonte: Uniodonto

Pais de autistas buscam escola para desenvolvimento social dos filhos

Para 53% dos pais de crianças autistas, o principal motivo para levarem seus filhos à escola é o desenvolvimento social. Esse é o resultado de uma pesquisa realizada na FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Apenas 18% acredita que a escola desenvolve a aprendizagem, a independência, a comunicação e o comportamento dessas crianças. 
No entanto, a contribuição positiva da escola para as crianças com espectro do autismo é quase unanimidade entre os seus cuidadores, chegando a 85%.
Este foco no desenvolvimento social é diferente da expectativa tradicional da educação e pode ser explicado por o espectro do autismo afetar principalmente a interação da criança com outras pessoas, segundo a definição da Classificação Internacional das Doenças, necessitando que o espaço escolar também auxilie neste processo.
A autora da pesquisa "Autismo e escola: perspectiva de pais e professores", a fonoaudióloga Ana Gabriela Lopes Pimentel, explica que "a falta de menção de resultados educacionais pode ser devido a um de dois fatores: ou o potencial educativo das crianças e adolescentes com autismo está sendo subestimado, ou os resultados escolares estão sendo ignorados pelas pessoas que devem compartilhar a responsabilidade por sua qualidade".

Maioria está na escola

Ana Gabriela iniciou os estudos em 2010 indagando-se sobre o processo de inserção escolar das crianças com espectro do autismo. Na primeira etapa, entrevistou individualmente 56 cuidadores de crianças com o diagnóstico do espectro do autismo enquanto seus filhos estavam na terapia fonoaudiológica.
A maioria dos pacientes era composta por meninos e a idade deles variou entre 3 e 16 anos.
Quantitativamente, a escolarização dos filhos destes entrevistados era grande — 54 crianças, o que corresponde a 96,4%. A opção pela educação regular foi feita por 85% dos cuidadores. Ana Gabriela também constatou que 100% das crianças cujos cuidadores afirmaram não ver benefícios na escolarização contavam apenas com um professor em sala de aula.

Educadores

Em geral, os educadores afirmaram ter o apoio da escola no processo de educação destas crianças, mas perceberam que falta respaldo tecnológico. O questionário aplicado a 51 professores, do ensino regular e especial, pedia para eles avaliassem a contribuição escolar para os alunos com autismo e a dificuldade que sentiam durante o processo de aprendizagem.
As áreas que os professores relataram ter mais dificuldade em seu trabalho diário em crianças com o diagnóstico do espectro do autismo foram a comunicação, a aprendizagem e o comportamento. Já a contribuição da escola e de seus trabalhos foi mais citada no desenvolvimento das áreas de comunicação e relações interpessoais destas crianças. Entre pedir informações e objetos, comentar fatos, interagir, focalizar o assunto e protestar, estes professores relataram que a maior dificuldade é em interagir.
Os profissionais também responderam, em sua maioria, que a agressão a si ou a outros colegas foi o comportamento menos observado durante os anos de trabalho com crianças autistas.
Fonte: UOL Educação