Seleção Pública de Projetos Esportivos Educacionais

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Esportes para crianças: veja dicas de atividades

Além de desenvolver o sistema cardiorrespiratório, o fortelecimento dos ossos e as funções psicomotoras, a prática de esportes na infância também ajuda na construção dos valores da criança. "A sociedade é competitiva e a gente acaba exigindo isso dos nossos filhos. Mas quem garante que ao chegar em primeiro lugar ele é uma pessoa melhor?", indaga a psicóloga esportiva Adriana Lacerda. Balé, judô, futebol de areia ou natação, confira os benefícios de cada um deles para os pequenos:
Imagem: Internet
1- Balé
A prática do balé é benéfica para a postura, ajudando a evitar problemas de coluna. O exercício também estimula o lado lúdico das crianças. Mas é preciso ter certos cuidados, como evitar o excesso de repetições de um determinado exercício.
"Para a faixa etária dos 5 anos, como as crianças ainda não estão com o corpo todo formado, a gente trabalha a parte do alongamento. Fazemos repetições leves, de duas vezes, senão elas começam a ficar com as coxas e as batatas da perna muito grossas", explica a professora de ballet Sylvia Rocha.
Uma das maneiras de estimular o lado lúdico nas aulas é usar fantasias de desenhos animados. "O lúdico é uma forma da criança trabalhar querendo ser uma princesa.Ela trabalha o salto alto, com a meia ponta (dos pés), fortalecendo o tornozelo, mexendo com o equilíbrio e a coluna. Ela se ajoelha para pegar uma coroa da princesa e tem que fazer isso com a delicadeza de uma bailarina", exemplifica a professora. A partir dos 8 anos, o exercício ganha mais intensidade devido às transformações no corpo da criança.
2- Judô
A idade ideal para começar a praticar o judô é os 4 anos. "Até porque antes disso, a criança ainda não tem valências importantes para aprender o judô, como psicomotoras", explica o judoca Flávio Canto, do Instituto Reação.
O atleta dá algumas dicas para quem quer escolher a academia de judô para os filhos: "A academia tem que estar federada na federação de seu estado. É importante conversar com o professor e assistir a uma aula antes de inscrever a criança nas aulas", enumera.
Autoconfiança, concentração, coragem, determinação, força e flexibilidade são alguns dos benefícios que o judô promove para a criança.
3- Natação
Indicada a partir dos seis meses, a natação ajuda a prevenir e a tratar doenças cardiorrespiratórias e pulmonares. Outro benefício da atividade física é aumentar o companheirismo e a cumplicidade dos pais com o bebê. "Os pais normalmente revezam. Volta e meia a gente coloca um obstáculo ou brinquedo para ele que vá atrás, de diferentes maneiras. Engatinhando ou em pé ele vai descobrindo as formas de chegar até o pai", conta a professora de natação Daniela Gomes.
4- Ao ar livre: futebol de areia
Ao praticar futebol ou exercícios na areia, a criança desenvolve com mais qualidade sua estabilidade articular, adquire maior tolerância a lesões, melhora o equilíbrio e a capacidade cardiopulmonar, que vai fazer diferença quando se tornar um adulto. "A praia é o cenário ideal em se tratando de uma prática esportiva ao ar livre. Vai contruibuir para o desenvolvimento da musculatura intrínseca, sobretudo do pé e da musculatura da perna, uma vez que se trata de um esporte que praticamente não tem impacto", explica o ortopedista João Grangeiro.


Fonte: Gloob - Globo

Os benefícios do esporte para a criança

Desde a mais tenra idade, é visível o envolvimento da criança com a atividade corporal, com brincadeiras de pega-pega, com bola, na praia brincando com as ondas, e na areia
Por Daniela Schramm Szenészi  daniela.psiesporte@gmail.com  
Imagem: Internet
É comum que se ouça falar do esporte como uma atividade importante no desenvolvimento infantil. As escolas incorporam a atividade física através de jogos, gincanas, olimpíadas e aulas de educação física. Desde a mais tenra idade, é visível o envolvimento da criança com a atividade corporal, com brincadeiras de pega-pega, com bola, na praia brincando com as ondas, e na areia.

Qual é então o verdadeiro papel do esporte e da atividade física no desenvolvimento do ser humano? Segundo Farinatti (1995), a inclusão da criança na prática físico-desportiva proporciona oportunidades de contato social colaborando com seu amadurecimento psíquico.

Através da prática de atividades em grupos, a criança aprende a conviver socialmente, respeitar regras, reconhecer e aceitar as limitações do seu corpo e dos seus colegas. Aprende a conquistar resultados e superar a frustração de não obter a vitória.

Tani et al (1988) afirmam que o movimento humano faz parte do domínio psicomotor, pelo grande envolvimento dos aspectos cognitivos, e o comportamento humano de forma geral faz parte também o domínio afetivo-social. A prática de exercícios colabora, então, para o desenvolvimento físico da criança, formando jovens com maiores habilidades motoras, não somente em relação à força muscular e resistência cardio-respiratória, mas também no equilíbrio e movimentos finos. Como conseqüência, estas crianças tendem a conviver mais facilmente em sociedade e ter maior agilidade de raciocínio.

Diversas pesquisas já foram realizadas comprovando a evolução escolar da criança que pratica esportes. Ao participar de uma atividade física, a criança libera energia acumulada evitando a obesidade, aumenta a oxigenação no sangue e consequentemente no cérebro colaborando para o melhor raciocínio, desenvolve os músculos e a flexibilidade aumentando suas habilidades corporais, aumenta a sua auto-estima e proporciona situações de enfrentamento colaborando também para o desenvolvimento da autonomia infantil.

Fica evidente que a infância é o período mais adequando para o inicio de atitudes saudáveis, pois a criança está aberta para a aprendizagem de novos conceitos. Assim é fundamental que as pessoas que cercam essa criança (pais, professores, pediatras) tenham hábitos saudáveis de alimentação e atividade física, pois são os modelos no processo de formação (PINTO e LIMA, 2001). Assim de nada adianta colocar a criança para iniciar um esporte, se o exemplo em casa é o oposto. A criança segue modelos, em especial aqueles que vêm de casa, portanto dê um bom exemplo para seu filho, praticando atividades físicas e tendo hábitos saudáveis de vida, com moderação e bom senso!

Um abraço e até a próxima!

Este artigo contou com a colaboração do auxiliar técnico de triathlo infantil André Barbosa Lops.
 
Colunista:  
Daniela Schramm Szenészi, que assina esta coluna, é psicóloga formada pela Universidade Federal de Santa Catarina, com Mestrado também pela UFSC com a dissertação "Hipnose em triatletas: percepção das características da visualização da prova Ironman e seus aspectos psicofisiológicos". Daniela está escrevendo uma monografia para a especialização em Fisiologia do Esporte na UFSC sobre estresse em triatletas. Também tem experiência no atendimento em consultório de atletas profissionais e amadores, como a bicampeã mundial de bodyboard, Soraia Rocha, e o hexacampeão mundial da mesma modalidade, Guilherme Tâmega. Atua também como consultora de equipes (Mormaii, Floripairon) e clubes, além de ministrar palestras sobre Psicologia do Esporte, com trabalhos publicados nesta área em diversos Congressos e Publicações especializadas.daniela.psiesporte@gmail.com










Fonte: Ativo.com

Esporte é aliado no desenvolvimento

Relação das crianças com os exercícios físicos tem que ser mais saudável  Larissa Rodrigues  Edon José da Si
Imagem: Internet
Relação das crianças com os exercícios físicos tem que ser mais saudável  Larissa Rodrigues  Edon José da Silva, 10 anos, pratica caratê há sete meses. Ele afirma que gosta do esporte, e que decidiu fazê-lo por orientação dos pais, que acham importante realizar alguma atividade física. Entretanto, ele conta que não há cobranças para que ele sempre ganhe as lutas, e que recebe apoio dos familiares para desenvolver suas habilidades. A história do menino com o caratê é algo que deveria acontecer com todas as crianças que praticam esportes, para que os exercícios sejam saudáveis e se reflitam na maneira como elas olham para o esporte.

"Se eu não vencer, não vou ficar triste e parar de treinar. Vou continuar, sempre procurando melhorar", destaca Edon José. De acordo com o pediatra especialista em medicina desportiva, Ricardo do Rego Barros, os limites dos pequenos devem ser respeitados, para que o esporte não prejudique o desenvolvimento natural.Ele afirma que são vários os fatores que influenciam a performance esportiva dos jovens atletas. "A genética, a flexibilidade, o tempo de reação e a coordenação de cada um, são alguns dos fatores internos. Já no âmbito externo, podemos destacar as oportunidades, os equipamentos e o meio ambiente, como agentes influenciadores do desempenho da prática", explica.

Segundo ele, o ideal é que as crianças abaixo dos 13 anos de idade não sejam submetidas a competitividades esportivas exageradas, pois isso força a fisiologia do corpo e as habilidades que ainda não foram desenvolvidas. "Até essa faixa etária elas ainda não estão prontas fisicamente para realizarem esforços exacerbados, e isso pode prejudicar o seu crescimento e desencadear outros fatores negativos, como lesões ortopédicas, desidratação e problemas nutricionais", afirma o especialista.Além dos problemas físicos, os pais devem ficar atentos aos transtornos psicológicos causados por exagero nas práticas esportivas, segundo o pediatra Ricardo do Rego. "As crianças que realizam esportes que exigem baixo peso, como balé, jóquei e ginástica olímpica, se não forem bem orientadas quanto à alimentação, tendem a fazerem dietas erradas, ficando sem comer ou comendo da forma incompleta, o que acaba, em muitos casos, causando uma desnutrição", frisa. Ele alerta os pais para a avaliação médica regular, necessária para todos os atletas. "No caso das crianças, o ideal é que sejam avaliadas de seis em seis meses por um pediatra, para que ele analise sua altura e peso", diz.





Fonte: Portal Educação Física 

Birra: a hora de dizer não para a criança

Não é fácil lidar com os escândalos das crianças, mas os especialistas garantem: pais que sabem dizer não e sustentam essa posição têm mais chances de ajudar os filhos
Tudo começa com um chorinho quando o bebê não consegue satisfazer seus desejos – subir na mesa, pegar o controle remoto, não devolver o brinquedo do irmãzinho. Mas o primeiro mandamento para lidar com a birra infantil é não se desesperar.

Gritar e perder o controle só reforça esse tipo de comportamento da criança, que entende a sua reação como parecida com a dela. Quando o pequeno percebe que conseguiu tirá-la do controle e chamou a sua atenção, desconfia que você acabará cedendo, especialmente se estiverem em público. E, aí, salve-se quem puder.

Segundo a psicanalista infantil e familiar Anne Lise Scappaticci, de São Paulo, desde muito cedo as crianças aprendem a arte da manipulação. “Da mesma maneira que sabem que agradam quando são boazinhas, percebem que podem usar a birra para conseguir o que desejam”, diz.

A teima faz parte do comportamento infantil, como uma tentativa de a criança demonstrar certa independência e expressar suas vontades. E aparece por volta de 1 ano e meio de idade.

Quando a criança tenta conseguir o que quer através de showzinhos, a dica é dar um pouco de atenção, sem estender a bronca por horas. Você pode dizer que esse “não” é o jeito de conseguir o que ela quer e por causa disso não vai ter mesmo. E não fique assistindo ao espetáculo, a menos que a criança esteja se debatendo e corra o risco de se machucar.

“Nesses casos, aconselho a abraçá-la e ir conversando até ela se acalmar”, afirma Anne Lise. Se o incidente ocorreu numa festa de aniversário, por exemplo, assim que cessar, volte para casa. Depois de um escândalo como esse, a criança não pode ser recompensada com diversão.

Segundo Vera Iaconelli, psicanalista e coordenadora do Gerar – Instituto de Psicologia Perinantal, se o ataque for muito intenso e você estiver no shopping ou no parque, vale levá-la até o carro para se acalmar e, se for o caso, nem retornar. O problema é acabar com o programa dos irmãos ou da família toda. O ideal é tirá-la do local e mostrar que a birra não levará a nada, que você não mudará de ideia.

“Quando os pais aprendem a lidar com o filho, as birras diminuem. Depois de uma ou duas vezes, ele aprende que a teimosia não adianta e para de insistir. Se isso não acontece, é porque a criança descobriu que fazer cena funciona e ela sempre ganha a parada”, diz Vera.

A maneira de lidar com esses conflitos é decisiva. “Os pais precisam ser firmes, mesmo que o filho chore e fique com raiva deles. Se cedem a cada vez que ele fica desapontado, acabam criando uma pessoa que não suporta a frustração, tem dificuldades de relacionamento e fica malvista pelos amigos, que muitas vezes se afastam”, alerta Anne Lise.

O bebê está brincando, você precisa dar banho nele para sair, mas a criança não quer. Ele se rebela e chora. Nessas horas, o truque é mudar seu foco, chamando a atenção para objetos e pessoas de que ele gosta. Imagine se os pais ou os cuidadores sempre cederem a essa pequena rebeldia? Como conseguirão encontrar um momento para levá-lo à banheira? E quando ele ficar maior, serão os pais capazes de impor obediência?

A psicanalista Vera Iaconelli explica que a capacidade de aceitar regras vai se desenvolvendo ao longo do tempo e os pais não precisam fazer disso uma batalha, entrando em constante confronto com a criança.

“Alguns pais têm tanto pavor da birra que negam tudo, vetando qualquer chance de o filho se revoltar e descobrir por si só o que quer. O equilíbrio está em selecionar o não para coisas realmente importantes, como morder e bater nos outros ou nos objetos, colocar o dedo na tomada, atravessar a rua sem dar a mão.”

Se seu filho sempre se comporta como um birrento, atenção! “Apesar de ser frequente no universo infantil, o padrão indica um problema mais sério. É hora de procurar ajuda de um especialista. Do contrário, a birra fará a criança se fechar em uma ideia fixa, sem enxergar outras possibilidades”, alerta Anne Lise.

É difícil enfrentar um comportamento quando ele aparece pela primeira vez. E é muito comum a criança que nunca fez uma determinada birra um dia se atirar no chão e fazer manha, deixando os pais atônitos.

Uma das explicações para isso é a imitação. Ela pode ter visto o amiguinho fazer o mesmo, percebido que funcionou e tentar a sorte também. “O papel dos pais nessa hora é dizer não e tirar a criança do local. Ponto final. Não caia na tentação de passar meia hora falando, dando corda para uma atitude repreensível ou criticando a ação como se fosse a pior coisa do mundo”, diz Vera.

“Até os 5 ou 6 anos, a criança não consegue manter a concentração nas palavras por mais de 20 ou 30 segundos”, diz a psicóloga infantil e terapeuta familiar Suzy Camacho, autora do livro Guia Prático dos Pais (ed. Paulinas).

Por isso, é fundamental insistir nas regras. “Antes de sair de casa, converse com ela e deixe claro o que não será permitido. Dependendo da idade, ela pode esquecer, daí a necessidade de repetir a história muitas vezes, até que ela aprenda.

Antes de chegar ao supermercado, por exemplo, deixe claro o que será possível comprar entre as guloseimas de que ela gosta e quando poderá comer. Caso ela abra o iogurte ou o pacote de bolacha ainda na loja ou no carro, seja firme. Diga que não é hora nem lugar para comer aquilo e coloque o produto em local fora de alcance. “A estratégia é evitar o acesso fácil ao que é proibido e aguentar a birra, mesmo que se sinta constrangido por estar em local público”, afirma Anne Lise.

Muitas vezes, os pais acabam dizendo sim, sim, sim por pena de ver o filho sofrer. Quem nunca teve ímpetos de aceitar levar um brinquedo caríssimo só de olhar para a carinha de choro de seu filho, implorando no meio da loja, quando o combinado era não comprar nada?.

Segundo Suzy, no entanto, para criar pessoas equilibradas é preciso que os pais impeçam o filho de impor sempre sua vontade. “Quem não quer ter um ditador precisa dizer não. Crianças que nunca são contrariadas acabam se tornando adultos infelizes, irritadiços, agressivos, depressivos, já que o mundo não dá o mesmo sim incondicional dos pais”, afirma Suzy.

O limite, explica Vera, é uma forma de evitar a teima e deixar a criança mais segura. “A criança sem limite se sente culpada, sem chão, tem dificuldades para ficar longe dos pais. Quando eles são firmes, elas se sentem acolhidas e entendem que uma cena não os fará mudarem de ideia.”

“Se os pais forem coerentes com o que dizem e fazem, terão um filho disciplinado aos 7 anos e deverá seguir assim pelo menos até a adolescência, quando a rebeldia, uma nova forma de birra, ressurge em intensidade variada, dependendo de como a criança vem lidando com as frustrações”, conta Suzy.



Fonte: Abril