A natação para bebês é cada vez mais procurada pelos pais, existindo inúmeras vantagens
para os pequenos que a praticam: desenvolvimento neuromotor, fortificação da musculatura, aumento da capacidade cardíaca e muitas outras.
Foto: Alunos do Projeto Esporte e Educação: Essa é a Nossa Praia |
A primeira preocupação que os especialistas têm quando se fala em natação para bebês é a desmistificação da atividade. O bebê não irá nadar com braçadas corretas e técnicas perfeitas, afirmam catedráticos da Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo. Nessa faixa etária, nadar significa simplesmente deslocar-se no meio líquido, segundo a USP.
As primeiras noções do estilo crawl, que consiste em braçadas alternadas, batimento de pernas e giro lateral da cabeça para a respiração, só serão repassadas para crianças com idade superior a cinco anos.
Um outro aspecto importante é a sociabilização dos pais. A natação ajuda mãe e filho, por exemplo, a fazer amizade com o resto da "turma". Ao fazer matrícula em escola de natação, os pais devem tomar algumas precauções, como averiguar se a água da piscina está limpa e cristalina, apresentando um PH de 7.4 a 7.6, nível de cloro 2PPM e temperatura média de 32 graus.
As armadilhas do esportes na infância
A atividade física coordenada é muito importante para o desenvolvimento mental e físico das crianças. A educação física no Brasil tem grande diversidade em modalidades esportivas, como disciplinas acadêmicas em seus currículos, convergindo em estudos que focalizam a prática de esportes na escola e em outros locais.
Contudo, a prática intensiva de esportes na infância, com o objetivo de criar futuros campeões certamente é nocivo, declaram os profissionais no assunto. Esse método anseia resultados imediatos, com as performances esportivas condizentes a índices estabelecidos a partir de referências alheias, sem que fossem feitas ressalvas sobre a compatibilidade com a infância ou a pré-adolescência.
O treinamento intensivo de esportes na infância precoce se caracteriza por sessões (de 6 a 7 horas semanais até 3 ou 4 horas diárias) e intensidade do trabalho exigido. Nele, não são levados em conta as particularidades próprias, orgânicas, suas fases de desenvolvimento e a psicologia da criança.
As crianças necessitam de tempo para crescer, aprender e se desenvolver. Elas não pensam ou aprendem da mesma maneira que os adultos, e por isso precisam ser educadas de maneira diferente do que tem sido em muitos casos.
Além de danos físicos e psíquicos, ocorre hoje o que se chama de Síndrome de Saturação Esportiva. Indivíduos que se iniciaram muito cedo na prática esportiva especializada são acometidos por esta síndrome, caracterizada por certa apatia a até aversão pelo esporte. São aqueles campeões mirins ou infantis, em diversas modalidades esportivas, e que despontaram como futuros campeões, mas que desistiram das competições por exclusiva má orientação escolar, técnica, médica e familiar.
Além de danos físicos e psíquicos, ocorre hoje o que se chama de Síndrome de Saturação Esportiva. Indivíduos que se iniciaram muito cedo na prática esportiva especializada são acometidos por esta síndrome, caracterizada por certa apatia a até aversão pelo esporte. São aqueles campeões mirins ou infantis, em diversas modalidades esportivas, e que despontaram como futuros campeões, mas que desistiram das competições por exclusiva má orientação escolar, técnica, médica e familiar.
A educação física precisa rever esses valores. As afirmações sobre a competição ou espírito competitivo "como um componente inato do homem" e que "deve ser incentivado desde a infância através do esporte", não resistem a uma análise mais profunda.
Faz-se necessária uma reformulação de ideias e conceitos, sondar a criança em seu desenvolvimento e assim aprender a compreendê-la um pouco melhor e verificar a possibilidade de esportes na infância.
O Instituto Americano de Stress (AIS) revela que oito de cada dez visitas ao pediatra são decorrentes do estresse. No Brasil estima-se que afete cerca de dois terços da população infantil.
Desta forma, os pais precisam estar atentos aos acontecimentos de seus filhos, não os sobrecarregando de atividades (mesmo as esportivas) e tentar ajudá-los da melhor maneira possível. Crianças orientadas a lidar com situações estressantes de forma eficiente, criam antídotos para controlar as pressões sem reagir fisiológica e emocionalmente.
Ensinar aos pimpolhos a prática da respiração abdominal, assim como o relaxamento muscular, visualização (exercício de visualizar algo bom), e em casos mais graves, um tratamento como o biofeedback, técnica preventiva que pode ajudar a controlar todas as reações emocionais e fisiológicas, são algumas ações saudáveis que podem ser conjugadas às atividades esportivas (pós-exercícios), por exemplo.
Segundo especialistas, o desequilíbrio faz com que a criança desenvolva sintomas, como enxaqueca, diarreia, ansiedade, angústia e até depressão. Outra atitude salutar é mostrar a importância de ser otimista e praticar exercícios físicos, como já exposto, mas com a devida moderação.
Fonte: Alô Bebê
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