Desde a mais tenra idade, é visível o envolvimento da criança com a atividade corporal, com brincadeiras de pega-pega, com bola, na praia brincando com as ondas, e na areia
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Imagem: Internet |
É comum que se ouça falar do esporte como uma atividade importante no desenvolvimento infantil. As escolas incorporam a atividade física através de jogos, gincanas, olimpíadas e aulas de educação física. Desde a mais tenra idade, é visível o envolvimento da criança com a atividade corporal, com brincadeiras de pega-pega, com bola, na praia brincando com as ondas, e na areia.
Qual é então o verdadeiro papel do esporte e da atividade física no desenvolvimento do ser humano? Segundo Farinatti (1995), a inclusão da criança na prática físico-desportiva proporciona oportunidades de contato social colaborando com seu amadurecimento psíquico.
Através da prática de atividades em grupos, a criança aprende a conviver socialmente, respeitar regras, reconhecer e aceitar as limitações do seu corpo e dos seus colegas. Aprende a conquistar resultados e superar a frustração de não obter a vitória.
Tani et al (1988) afirmam que o movimento humano faz parte do domínio psicomotor, pelo grande envolvimento dos aspectos cognitivos, e o comportamento humano de forma geral faz parte também o domínio afetivo-social. A prática de exercícios colabora, então, para o desenvolvimento físico da criança, formando jovens com maiores habilidades motoras, não somente em relação à força muscular e resistência cardio-respiratória, mas também no equilíbrio e movimentos finos. Como conseqüência, estas crianças tendem a conviver mais facilmente em sociedade e ter maior agilidade de raciocínio.
Diversas pesquisas já foram realizadas comprovando a evolução escolar da criança que pratica esportes. Ao participar de uma atividade física, a criança libera energia acumulada evitando a obesidade, aumenta a oxigenação no sangue e consequentemente no cérebro colaborando para o melhor raciocínio, desenvolve os músculos e a flexibilidade aumentando suas habilidades corporais, aumenta a sua auto-estima e proporciona situações de enfrentamento colaborando também para o desenvolvimento da autonomia infantil.
Fica evidente que a infância é o período mais adequando para o inicio de atitudes saudáveis, pois a criança está aberta para a aprendizagem de novos conceitos. Assim é fundamental que as pessoas que cercam essa criança (pais, professores, pediatras) tenham hábitos saudáveis de alimentação e atividade física, pois são os modelos no processo de formação (PINTO e LIMA, 2001). Assim de nada adianta colocar a criança para iniciar um esporte, se o exemplo em casa é o oposto. A criança segue modelos, em especial aqueles que vêm de casa, portanto dê um bom exemplo para seu filho, praticando atividades físicas e tendo hábitos saudáveis de vida, com moderação e bom senso!
Um abraço e até a próxima!
Este artigo contou com a colaboração do auxiliar técnico de triathlo infantil André Barbosa Lops.
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Colunista:
Daniela Schramm Szenészi, que assina esta coluna, é psicóloga formada pela Universidade Federal de Santa Catarina, com Mestrado também pela UFSC com a dissertação "Hipnose em triatletas: percepção das características da visualização da prova Ironman e seus aspectos psicofisiológicos". Daniela está escrevendo uma monografia para a especialização em Fisiologia do Esporte na UFSC sobre estresse em triatletas. Também tem experiência no atendimento em consultório de atletas profissionais e amadores, como a bicampeã mundial de bodyboard, Soraia Rocha, e o hexacampeão mundial da mesma modalidade, Guilherme Tâmega. Atua também como consultora de equipes (Mormaii, Floripairon) e clubes, além de ministrar palestras sobre Psicologia do Esporte, com trabalhos publicados nesta área em diversos Congressos e Publicações especializadas.daniela.psiesporte@gmail.com
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Fonte: Ativo.com
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