Seleção Pública de Projetos Esportivos Educacionais

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O que colocar na lancheira dos meus filhos?

Preparar a lancheira



Muitos pais se perguntam, no momento de preparar a lancheira dos filhos, quais seriam os alimentos adequados, saudáveis e ao mesmo tempo apetitosos para a hora do lanche na escola. Confusos entre a preocupação de oferecer ao filho ou à filha uma alimentação nutricionalmente equilibrada e também diante dos gostos e preferências das crianças, os pais muitas vezes acabam por não saber o que fazer no momento de montar o cardápio. Na maioria das vezes, acabam deixando à cantina da escola a tarefa de fornecer um cardápio variado e, por vezes, custoso e de qualidade nutricional duvidosa. Ou então, acabam cometendo alguns deslizes por falta de orientação adequada. 

Com a correria do dia a dia, a necessidade de alimentos de preparo rápido tem crescido. Isso acaba por caracterizar uma alimentação cada vez mais industrializada, que começa com os pais e tende a ser seguida por todos da casa. A escola, nesse contexto, é apenas uma extensão. Por isso é necessário adotar alguns critérios ao organizar a lancheira. Uma opção interessante é levar, sempre, alimentos de casa que sejam saborosos e que não estraguem o padrão de qualidade da alimentação da criança. 
É fato que muitas cantinas escolares, exceto as que estão em um processo de readaptação nutricional, vendem produtos com alto teor de açúcar, corantes, gordura e sódio. Não que esses alimentos devam ser eliminados do cardápio. No entanto, o consumo em excesso pode levar a doenças como diabetes, hipertensão e obesidade. Dessa forma, uma lancheira composta por alimentos selecionados vai contribuir para o bom crescimento e desenvolvimento físico da criança em idade escolar. Além disso, o que a criança aprende durante a infância - e nesse caso os hábitos alimentares também estão inseridos - influenciará em seu comportamento no que diz respeito à saúde na vida adulta. 
Muitas regiões do país estão adotando leis restritivas para a venda de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio nas cantinas escolares. No entanto, a restrição pura sem orientação leva a problemas como o câmbio negro e a procura maior por estes alimentos na porta da escola... além disso, não há como evitar que a criança traga estes alimentos de casa. Daí a importância dos pais preferirem um alimento mais adequado no momento de preparar a lancheira. Outro motivo é garantir uma alimentação que contemple a quantidade suficiente de nutrientes para que seus filhos tenham um bom aprendizado nas aulas e possam, futuramente, evitar doenças como as citadas acima. Portanto, saiba como escolher os alimentos que farão parte do lanche escolar: 
SUBSTITUA: - refrigerantes por sucos de frutas naturais, os quais devem ser acondicionados em garrafas térmicas próprias para lancheiras; - bolacha recheada por biscoitos integrais ou biscoitos caseiros; - sanduíches à base de maionese por fatias de queijo ou ricota com cenoura e alface, por exemplo. 
PREFIRA: - frutas como maçã, mexerica, uva, morango, mamão, melão e abacaxi picados; - iogurtes naturais ou queijos petit suisse acrescidos de frutas picadas ou cereais; - pães ou bolos com farinhas integrais, frutas, pouco açúcar e gordura. 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Uma Atividade Mágica para Cultivar o Hábito da Leitura

Ensinar e Aprender Brincando é Possível

É uma atividade que vai estimular, firmar, ou mesmo fazer com que a criança ou aluno de 4 a 12 anos, ou mais, tome gosto de vez pela leitura.

O primeiro passo é conversar com a criança e descobrir seu gosto literário. Gosto literário aqui significa, saber de que tipo de assunto, ou história, ela mais gosta.

Feito isso, desafie ela à leitura. Isto é feito do seguinte modo: Primeiro leia você mesmo um livro, sobre o assunto do qual ela gosta. Deixe que ela veja você lendo. Se fizer isso discretamente, sem prévio aviso, será melhor ainda. Não tente chamar atenção para o fato de estar lendo, especialmente se você não tem o hábito de ler regularmente, pois ela pode perceber o artifício e estragar a tática.

Se o adulto é do tipo que gosta de ler e ela já sabe disso, então pode agir de forma natural. Ao ler o livro, procure demonstrar as emoções que sente a partir do que está lendo. Isto é, ria, faça comentários baixinho como se estivesse falando sózinho etc., Isso vai deixá-la bastante curiosa.

Ao perceber que vocês gostam da mesma coisa, ela vai receber uma enorme injeção de ânimo, e sua autoconfiança e autoestima ganharão pontos preciosos. Imagine só, um adulto que gosta do mesmo que eu - pensará ela - e sem ninguém pedir para que ele fizesse isso!

Agora o segredo: Quando terminar de ler, não lhe ofereça o livrinho. Ao invés disso, coloque-o em lugar visível, converse com ela sobre outros assuntos, e finalmente sobre histórias do tema que ela prefere; então comente sobre o que acabou de ler.

Como isso é feito por partes, a pressa pode estragar tudo. Assim, em outra ocasião, diga que comprou um livro para ela ver. Ressalte, enfatize, que se trata de uma obra especial.

Importante: Em momento algum a obrigue a ler. Dê-lhe o livrinho e pronto. Pode ser que num primeiro contato ela apenas vá folhear as páginas para explorar o terreno onde vai pisar.

Aqui vale uma interrupção para algumas observações importantes. Isso é o que vai determinar o sucesso ou o fracasso do seu plano. Veja bem, não é "o que pode determinar", é "o que vai determinar".

Toda criança, com raras exceções, gosta de livrinhos com:
  • Ilustrações bem feitas. Tem que ser desenhos ou ilustrações; elas acham fotografias deprimentes e sóbrias demais para seu mundo. Pode até ser uma fuga da realidade, mas é assim, e nesse momento não adianta entender o porque. Saiba apenas que fotos para elas são menos interessantes que ilustrações.
  • Os desenhos ou ilustrações devem refletir claramente o que está no texto que ela está lendo. Isso serve para que seja capaz de associar o texto com a ideia por trás da situação, e com isso ela irá tentar criar uma imagem virtual, a cenografia de todo processo. São importantes as ilustrações, uma vez que servirão de sugestão para que ela crie as associações necessárias à construção desse cenário. Sozinha ela ainda é incapaz de fazer isso, uma vez que seu cérebro está na fase da construção das associações de palavras com imagens, coisa natural devido a sua pouca experiência de vida.
  • Folhas com pouco texto.
  • Texto claro, de preferência com palavras que ela já conheça (isso não é obrigatório).
  • livro com poucas páginas; média de 15, para as crianças menores.

Assim, é chegado o momento de você agir. De posse do livro, após tê-lo folheado, use então o argumento mágico.
Peça para que ela Leia o Livrinho dela para você!
Ao fazer isso, demonstre que tem total confiança nela (isso se consegue com a entonação certa da voz, tom firme, normal, como se fosse a coisa mais natural do mundo, sem titubear). Diga também que tem interesse no livro. Nesse ponto, toda insegurança comum na criança, ao oferecer ou compartilhar alguma coisa com os adultos, tende a desaparecer.
Durante a leitura, se quiser, você pode interromper para fazer algum comentário, ou questionamento, sempre com relação a história. Também, antes de começar, diga-lhe que se tiver alguma dúvida sobre o significado das palavras, que pergunte. Melhor ainda, use seu bom senso e faça comentários complementares sem que ela peça, ao menos sobre aqueles termos que você julgar mais apropriados, e até como uma forma de enriquecer o texto. É importante que você saiba de uma coisa: Ela só vai lhe fazer perguntas se confiar em você, ou se você tiver lhe dado autorização explicíta para fazer isso. Está feito então, ela está pronta e sem mais nenhuma inibição. 

Finalmente, seja paciente e nunca a corrija; diga apenas que não entendeu direito, algum parágrafo, etc. Nesse caso, você pode pedir que ela comente o que entendeu... 

Pode ser que durante a leitura ela baixe um pouco a voz o que é normal. Peça, sem mandar, com muito humor e gentileza, que ela fale um pouco mais alto. Isso, só vai significar para ela que você está de fato interessado na leitura, e sua motivação aumentará ainda mais. 

Ao perceber que ela está cansada, peça para fazer uma pausa. Os sintomas de cansaço são: mudança constante na posição do corpo, olhadas sutis para o lado, respiração inquieta, tentativa de deitar no chão, ou sofá, etc. 

Por fim, comente com ela a história que foi lida. É provável que ela não tenha entendido bem o conto, já que apenas crianças maiores conseguem ler para os outros e prestar atenção no que estão lendo ao mesmo tempo. 

Diga que a história foi muito boa, que você gostou, e lhe dê a sugestão de que ela deve ler sempre, quando estiver com vontade. 

Mesmo que ela não aceite na hora, o que é mais provável, como regra, deixe o livro em local visível e acessível, e incite-a outras vezes para que leia, sem forçar ou exigir. Faça isso em tom de comentário. 
É importante que você saiba que, ao pedir para ela ler, você lhe deu confiança; delegou a ela uma tarefa de gente grande, e gostou do que ela fez. Isso a faz se sentir importante. Melhor de tudo, essa é a impressão que ela terá de você a partir desse momento. 

Os efeitos benéficos disso para sua personalidade são definitivos. Assim, a semente do hábito da leitura foi plantada de forma simples, natural, sem as pressões da obrigação, em clima de harmonia, como tudo que é verdadeiro deve ser. 

Um último aviso: Peça que leia para você outras vezes. Dê-lhe mais livros, valorize e incentive a sugestão dela; acompanhe-a na hora de comprar ou escolher o livro. Use sua criatividade para usar essa mesma abordagem em sala de aula!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Meninos e Meninas

Compreender a Natureza dos Opostos Qualifica o Educador


Até os três anos de idade as crianças não sabem o que diferencia um menino de uma menina e, a não ser pelos estereótipos, ou traços do temperamento que herdam sem depender de suas vontades, não compreendem porque são diferentes. Mesmo o sexo, gêneros distintos, os aspectos da fisiologia, para elas nada disso representa uma desigualdade. 

Sem dar muita importância ao fato, elas tratam aquele ente, mesmo quando se dão conta que possui um órgão sexual diferente do seu, como um igual, a despeito do sexo não semelhante. Na verdade, para elas, menino é aquele que tem cabelo curto, menina quem tem cabelo grande, o que na verdade já é um estereótipo social, só que ainda não sabem disso. E mesmo as peculiaridades típicas do temperamento de cada gênero, são desprezadas. 

Na realidade nós cuidamos para que desde o início, a aparência transforme os gêneros em diversidade. Para uma criança pequena isso não tem a menor importância, pois, as diferenças ocultas, até favorecem o pleno desenvolvimento conjunto. O fato de gêneros distintos e também os temperamentos próprios de cada fisiologia compartilharem o mesmo espaço, é um preparo para se compreenderem mutuamente, para que possam mais tarde conviver num mundo sem disputas, respeitando o espaço peculiar a cada um, sem os antagonismos motivados pela causa gênero. Mas, nós fazemos questão de impedir que esse processo natural se concretize.
E logo que nossos filhos nascem, cuidamos de nutrir em seus inconscientes, o que primeiramente são, mulher ou homem, o que acaba por exacerbar de forma exagerada os traços idiossincrásicos que trazem de berço. E como também já temos um padrão usado para condicionar cada gênero, isso complementa a primeira parte do processo que irá transformar menina e menino em seres completamente antagônicos, divergentes entre si, predestinados a viverem eternamente em conflito, divididos até como entes humanos. O culto às diferenças passa a ser largamente empregado a partir de então, quaisquer que sejam nossas ações. 

E então repetimos os estereótipos criados para dar origem às primeiras diferenças que deveriam existir entre elas. São as roupas, os brinquedos, os hábitos, etc. Na verdade, uma criança não precisa de nossa ajuda para aprender a diferenciar naturalmente os indivíduos do sexo oposto, porque isso deveria ocorrer de maneira natural, sem depender dos costumes que criam estas linhas divisórias. 

Trata-se de uma fase natural no desenvolvimento de cada um, e isso deveria ser incentivado. Cada etapa do seu amadurecimento foi cuidadosamente projetada pela natureza obedecendo a um critério lógico e bem definido, que contempla ao mesmo tempo, a evolução dos seus sentidos e da sua condição mental. No entanto, logo cedo, ao introduzirmos no mundo dessas crianças aqueles estereótipos que foram especialmente criados para separar um gênero do outro, quebramos esse ciclo natural. 

Por uma predisposição natural, meninas e meninos herdam dos genes do sexo, certas características que acabam por definir involuntariamente, espontaneamente, o processo de preferências de cada um. Isso naturalmente ocorre sem a menor necessidade de nossa intervenção. Cabelos compridos, roupas azuis ou cor de rosa, carrinhos ou bonecas, saias ou calças compridas, tudo isso nós criamos para lhes dizer, desnecessariamente, quem é quem. 

Ora, isso não tem a menor importância, uma vez que descobrirão, na hora certa, sem deformações, com o melhor dos entendimentos, sem tabus, sem as maledicentes barreiras que nós, por interesses duvidosos, atribuímos existir entre sexos opostos. 

Mas quem seria o maior beneficiário com a instituição das diferenças precoces? Ao adotarmos uma postura que cria e depois fortalece o antagonismo dos gêneros, estamos dando os primeiros passos rumo a ideia de que no mundo nunca haverá entendimento. Do mesmo modo que, com isso, também instigamos o culto às diferenças e preconceitos, e sem nos apercebermos estamos estendendo essa prática para todas as áreas do convívio humano. 
Observando com mais atenção, podemos constatar que, a partir do momento que as crianças são segmentadas por gênero, toda uma imensa máquina indutora de hábitos estará por trás a apoiar, alimentar e fortalecer essa condição. Ocorre que todo o projeto que segmenta os gêneros dando-lhes os estereótipos característicos, foi idealizado por eles, e inserido em nossas vidas como uma coisa natural e necessária, e o mais importante, fomos convencidos de que se trata de um processo natural, fundamental para o desenvolvimento sadio de cada indivíduo. 

E sem perceber, a partir de então, somos seus agentes multiplicadores. Estamos de um modo tal envolvidos com a questão que até nossas emoções foram cuidadosamente programadas, e naturalmente tratamos cada sexo, como entidades antagônicas de fato. E assim, mais uma vez, na mente coletiva, tornamo-nos replicadores, multiplicadores ativos dessa ideia. 

E existe mesmo um protocolo, um gabarito de procedimentos padrões, de como pais e mães devem tratar seus descendentes, evidentemente, com a devida distinção, caracterizando, enfatizando, ilustrando de forma didática, as diferenças que supostamente existem entre os gêneros. Trata-se de um modo operacional para lidar, no trato diário, com meninas e meninos. Assim, os conteúdos psicológicos, os interesses, os objetivos, tudo isso será segmentado, seguindo à risca a orientação imposta pelo peso de tais tradições e costumes. 

Como resultado, deformamos aqueles seus temperamentos naturais que foram criados pela natureza, e colocamos em seu lugar substitutos artificiais. Estes seguem os padrões estereotipados idealizados e criados pela mão do homem, cujo interesse é outro completamente diverso da proposta natural. 

É o esmagador poder das tradições que insistimos em perpetuar, ou porquê nos falta interesse para questioná-las, ou porquê é para nós mais conveniente simplesmente copiar aquilo que já existe pronto, o que decerto nos dará menos trabalho. 

Meninas e meninos, ao brincarem juntos, estarão naturalmente criando os mecanismos naturais de respeito mútuo, já que ao longo do tempo descobrirão um ao outro. Aprenderão sobre as particularidades de cada gênero, sobre o que agrada ou desagrada, de acordo com as predisposições naturais de cada um. Aprenderão mais sobre as suas peculiaridades emocionais, as formas como cada um reage às mesmas situações. Trata-se de um aprendizado tão rico que seria incapaz de caber em qualquer compêndio educacional teórico, criado por “especialistas”. 

Ao conviverem de forma natural, sem a imposição dos nossos vícios e preconceitos, aprenderão espontaneamente a se respeitarem, e tudo isso, de acordo com suas limitações, inclinações e disposições. Estarão vivendo num mundo novo, já que cada dia será de descobertas. Não aprenderão que meninos se vestem de azul e brincam com carrinhos, nem que meninas preferem rosa e brincam necessariamente com bonecas, nem que meninos são agressivos e as meninas meigas. Descobrirão se tudo isso é verdade, ou falso, naturalmente, sem intermediários. 

O convívio sem a instituição do gênero, faculta-os a compreenderem naturalmente o papel de cada um. Não tentarão se impor uns aos outros, nem haverá a necessidade do gênero dominante, pois isso apenas existe a partir do momento que instituímos o fraco e o forte, o inferior e o superior. 

Se fisiologicamente os gêneros são diferentes, isso também reflete de maneira decisiva na parte psicológica de cada um. Enquanto no homem o cérebro trabalha mais o lado esquerdo, na mulher, ele trabalha esquerdo e direito, simultaneamente. Isto na prática tem uma importância dramática. O cérebro masculino enfatiza o movimento das coisas, a compreensão dos espaços físicos, dimensionamentos e formas geométricas, e o lado racional de cada processo. Enquanto isso, a mulher desenvolve mais os sentimentos, as emoções, o dom da expressão e comunicação, a fala e a observação, o detalhismo, a harmonia e estética, a organização e zelo pelas coisas. 

Compreender isso é aprender a respeitar o espaço e limites de cada um, entender que os gêneros não existem para competir entre si, mas antes disso, para se complementarem. Não existe inferior ou superior, mas antes disso, diferentes predisposições e capacidades, atributos psicológicos não antagônicos e sim complementares, ao contrário do que queremos supor. São aspectos peculiares, próprios de cada gênero, coisa intencional por parte da natureza, para que sejam capazes de se ajudarem mutuamente, não de competirem entre si.


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Dicas de Atividades Didáticas para Fazer sem Gastar Nada

Ideias para Criação de Atividades Didáticas de grande valor educativo sem uso de materiais, ou quase.


Dentro de uma realidade escolar, onde aluno e professor, na maioria das vezes não estão em sintonia fina, ou não estão focados no aprendizado, que deveria ser o principal motivo de ambos estarem na sala de aula, colocar em pauta uma educação de qualidade mais parece uma blasfêmia. Há ainda o fato de não falarem uma mesma linguagem, uma vez que o educador não consegue cativar a turma com um conteúdo didático tão fora do tempo, aquela pauta arcaica com poucos atrativos, que as autoridades educacionais teimam em deliberar como quesitos obrigatórios e necessários para a formação dos educandos. 

Logo naquele ambiente onde deveria predominar o interesse de cada um em aprender, assim como de compartilhar informações de real valor cognitivo, não existe uma harmonia capaz de colocá-los diante de uma mesma causa, deixando-os motivados todos os dias para o exercício escolar. Diante desse fato, descobrir um meio de restaurar essa ordem era para ser um dos itens mais importantes dentro das pendências dos coordenadores encarregados de determinar os conteúdos didáticos de cada ano letivo. 

Sem essa conciliação uma boa educação jamais será possível. E o docente freqüenta a sala de aula apenas para seguir protocolos teóricos e vazios, assim como, cumprir sua carga horária. Aos alunos resta cumprir aquele ritual diário que interpretam como uma penitência, uma espécie de castigo sem causa aparente. Mas é o que determina a tradição social, que lhes promete um futuro promissor, caso freqüentem a instituição sem contestação, mesmo sem um comprometimento pessoal. 

E dentro desse cenário há o educador que deseja transformar essa realidade em um ambiente lúdico que seja capaz de cativar os alunos e ao mesmo tempo fazê-los aprender alguma de valor educativo significativo. Mas ainda faltam os recursos materiais adequados para que essa tarefa logre o Êxito pretendido. 

E há a temível e repetitiva rotina escolar que mais afasta que atrai alunos. São os incipientes tratados e disciplinas seculares que, na maioria das vezes, nada de prático e útil acrescenta à qualificação do discente. Por isso torna-se um verdadeiro martírio a freqüência diária, um castigo, ao invés do prazer da descoberta útil, do convívio em um meio amigável onde possam espontaneamente interagir e potencializar suas habilidades e vocações.
Eis então algumas dicas de Atividades Recreativas com alto valor educativo que podem ser realizadas quase sem despesas. Vamos à prática.
1 - Descubra o Objeto
Trata-se de um jogo de adivinhação que pode ser realizado individualmente ou em grupos. O aluno aprenderá brincando sobre Organização, Lógica, Disciplina, Atenção, Concatenação de ideias, Formas de expressões, Socialização, Autoconfiança, etc.
Regras e Desenvolvimento:
O educador irá escolher um objeto que através de pistas os alunos tentarão descobrir. As pistas poderão ser enriquecidas com pequenos contos onde o objeto em questão seja um protagonista. Pela quantidade de pistas necessárias ao acerto, ou pelo grau de dificuldade do objeto, o educador será capaz de traçar um perfil cognitivo de sua turma.
Variação:
Para turmas menores, o educador pode colocar vários objetos organizados em uma mesa e informar que um deles é o item secreto.
2 - Jogo da Memória Enigmático
Nesse jogo o objetivo ainda é a formação dos tradicionais pares. Mas não serão de duas ilustrações de aparência igual. Os pares serão formados por uma ilustração e um enigma textual que a descreva. O aluno aprenderá brincando sobre Organização, Lógica, Memória visual, Atenção, Concatenação de ideias, Resolução de problemas, Conhecimentos gerais, Socialização, Autoconfiança, etc.
Regras e Desenvolvimento:
Pode ser realizado individualmente ou em grupos. Sobre uma superfície plana o docente irá distribuir vários cartões cujo verso tenha uma mesma aparência. A frente ficará oculta aos participantes. E cada jogador ou representante do grupo, de modo intercalado, irá descobrindo dois cartões por vez. Caso consiga formar um par com a ilustração e sua respectiva descrição em código, terá a chance de fazer uma nova tentativa. Ganha quem conseguir associar um maior número de ilustrações aos respectivos textos enigmáticos que identifiquem as mesmas.
Variação:
Ao invés de uma ilustração associada a um texto enigmático, desejando o professor exigir um pouco mais dos seus alunos, poderá criar cartões com dois textos enigmáticos que se complementam.

3 - Jogo de Damas Alternativo ou Viagem do Conhecimento
Jogado com um tabuleiro semelhante ao do Jogo de Damas tradicional. O objetivo do jogo é, partindo de um ponto inicial, a primeira casa do canto superior esquerdo, o jogador deverá alcançar a casa localizada no canto inferior direito, conforme mostra a ilustração. O aluno aprenderá brincando sobre Organização, Conhecimentos gerais, Estratégia, Atenção, Concatenação de idéias, Socialização, etc.
Regras e Desenvolvimento:
O educador irá criar pequenos cartões em cujo verso irá escrever uma pergunta de conhecimentos gerais. As perguntas podem ser organizadas por temas, tais como, objetos da casa, gramática, vocabulário, eventos históricos, operações matemáticas, enigmas lógicos, etc. Pode ser jogado individualmente ou em grupos de três ou mais. Cada jogador terá uma ficha com uma cor que o identifica. 

Em seguida, ao jogador, identificado pela ficha colocada inicialmente na primeira casa do canto superior esquerdo do tabuleiro (vide figura acima), será feita uma pergunta, retirada de modo aleatório de uma caixa ou saco onde estão os cartões. Para facilitar a resposta entre as classes de menor faixa etária, o professor pode dar pistas de acordo com sua própria avaliação. Caso o jogador acerte a questão poderá pular para a casa seguinte, mas tomando sempre a direção do objetivo no lado oposto. Se errar permanece na casa onde está posicionado, cede sua vez a outro e a questão pode ser repetida. Ganha o jogador ou grupo que alcançar primeiro o ponto indicado por um “X” no canto inferior direito.

Variação 1:
Pode-se incrementar uma pequena roleta numerada, cujos números estejam associados a cartões também numerados com as respectivas questões.
Variação 2:
O educador pode instituir níveis de dificuldade tomando como base a quantidade ou ausência de pistas, ou ainda pelo grau de complexidade da questão.
Conclusão
Como podemos ver, Atividades tradicionais, mesmo que inicialmente não tenham uma proposta cognitiva de valor, como um pouco de adaptação, podemos transformá-las em verdadeiros compêndios instrutivos. As variações são ilimitadas, desde que o educador tenha a devida coragem para explorar novos métodos e caminhos. 

Com um pouco de criatividade o educador pode transformar sua prática docente diária em um verdadeiro encontro de amigos, um ponto de confraternização, onde os alunos terão prazer de freqüentar. Isso poderá tornar seu magistério diário mais agradável de ser conduzido e mais proveitoso para todos.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Dia dos Pais

Comemoração Dia dos Pais

No dia (17) sábado, foi realizado a comemoração do dia dos Pais. Na ocasião houve torneio, brincadeiras,  banho de piscina e por fim aquela velha feijoada.
A festa marcou o dia com pura interação e integração de Pais com seus respectivos filhos e outros convidados. 
O evento foi realizado na sede do projeto sittuado na Rua José Lopes Meireles, s/n, Boca do Poço, Paracuru.



segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Os Jovens - Uma Ideia do Futuro

O jovem não precisa de ideais para planificar seu futuro, mas de um futuro para planificar seus ideais.


Com exceção das eventuais intimidações, que os pais ou irmãos mais velhos, usam como um meio para controlá-las, ou dissuadi-las de alguma coisa que considerem uma ação indevida, as crianças, ao menos as pequenas, nada temem. 

Sem uma noção clara de errado ou certo, e com um temperamento rebelde próprio daquele que tem a ânsia de explorar, e descobrir as coisas do seu mundo, assim é uma criança. 

Desse modo, muitas vezes, os adultos e crianças mais velhas, se impacientam com aquele ser dotado de uma energia aparentemente infinita, que nada consegue enxergar além de si mesmo, portanto sem senso crítico, para perceber, que o excesso de suas investidas acaba por perturbar os demais. E como as palavras não são argumentos convincentes, ou compreensíveis para alguém que não conhece seu significado, a disciplina à força logo se torna uma necessidade básica dentro de casa. 

Por disciplina à força, entenda-se intimidação de qualquer natureza, com o propósito de controlar, conformar aquele indivíduo, que parece ignorar a todos. O argumento consciente dos adultos, a prática mais utilizada nesse processo de ajuste à força, e que as crianças mais velhas também imitam, se guia por uma regra muito simples: “O que todos mais temem, senão a falta de liberdade?”. 

Para uma criança, onde a liberdade para explorar sem rédeas, é seu grande trunfo, isto também será seu ponto vulnerável. Assim, por temer ficar de castigo, o que significa ficar presa, impedida de exercitar sua infindável mecânica exploradora, ela recua e se torna parcialmente controlável. Isso para os adultos, quer dizer, disciplinado. 

Depois virão as variações dessa prática. São as compensações por bom comportamento, ou castigos pelo inverso. Esse é um dos mais fortes condicionantes. E onde há promessa de recompensas, haverá também o receio de não obtê-las. E há também os castigos. Esse argumento disciplinador é a regra. E pelo uso do medo, as crianças se ajustam. É o temor diante de ameaças que podem, ou não, ser concretizadas, a depender de suas atitudes. 

É o cerco negativo que ocorre em duas frentes. Primeiro a criança se torna medrosa, o que a impede de ser criativa. Segundo, ela prefere se acomodar e seguir as regras, protocolos comportamentais, que recebe, sem questionar nada. Resultado, criança com baixa autoestima, silenciosamente frustrada, facilmente sugestionável e manipulável pelos oportunistas de plantão. 

Como a criança ainda é incapaz de perceber que é medrosa e insegura, já que todas suas iniciativas são monitoradas de perto por seus pais, irmãos ou orientadores, ela, cada vez mais se torna dependente de uma fonte de referência, até para a autenticação dos seus próprios pensamentos. Resultado, criança sem iniciativa, sempre em busca de uma sombra para aprovar ou certificar seus atos, sempre à procura de uma muleta que lhe sirva de escora, de ordens prontas, comandos operacionais, que lhe sirvam de guia. 

Dominadas pelo receio da reprovação, logo dependerão dos outros para guiá-las em suas ações mais simples. Serão incapazes de tomar qualquer iniciativa. Sentir-se-ão seguras apenas quando os outros lhes disserem o que devem fazer, o que devem pensar, o que é errado ou certo. Tornam-se assim terreno fértil para serem manipuladas à vontade, e terão as personalidades construídas de acordo com as disposições e costumes do meio onde vivem, e isso inclui, a lavagem cerebral praticada por alguns segmentos sectários fanáticos. 

Dificilmente serão livres para pensar, livres de medos e culpas, terão forçosamente que concordar, que se conformar, se ajustar, sem nenhuma consciência de que estão sendo controladas, conduzidas, à força. O que será delas quando crescerem, já dá para imaginar, basta olhar para nosso atual modo de vida. 

E embora haja uma ideia do progresso técnico que virá para nos dar melhor qualidade de vida, psicologicamente, esse avanço não ocorrerá. Veja nosso exemplo atual, quando nos comparamos com nossos ancestrais das cavernas. Agora vestimos roupas e usamos computadores, mas, ainda não superamos o medo, a insegurança, os excessos emocionais. 

Poderemos nos deslocar pelo espaço, com a mesma facilidade de alguém que brinca de apertar os botões do seu controle remoto, na sala de sua casa, mas, interiormente, ainda seremos medrosos e subjugados pela angústia existencial, dominados pelas nossas incertezas e carências mais primitivas.
Se ainda não conseguimos erradicar das nossas relações, os mais simples conflitos em nossos relacionamentos, muito menos o sentimento de inveja, ódio, violência, então, há de se admitir, que, desde aquele tempo que morávamos em grutas, psicologicamente, pouca coisa terá mudado. Então, onde está o progresso?

E há o problema da crueldade e opressão sobre os mais fracos, e não respeitamos a vida, nem dos nossos semelhantes, nem dos animais que chamamos de irracionais, cujas vidas, para nós, têm valor apenas pecuniário. Trocamos suas vidas por dinheiro, e a tudo isso denominamos de avanço civilizatório, ou progresso.

E como cegos, somos conduzidos por aqueles a quem a tradição atribuiu o papel de guias. Estão por toda parte, como religiosos, como políticos, como salvadores, e tudo isso, para nós, significa progresso.

Uma criança ainda está muito longe de todos estes conceitos, e ainda não se vê como um espectador desse circo, tradições e superstições, enfim, de toda essa lavagem cerebral que transforma o indivíduo numa espécie zumbi, que pode ser conduzido como um cão amestrado, ao comando do mestre. Dentro de uma mente controlada não há vontade, nem livre arbítrio, nem liberdade de expressão, apenas a capacidade de obedecer, certamente, motivada pelo receio de temíveis castigos.

Uma criança precisa de orientação, para entender que sua agressividade e indiferença à dor alheia é algo insensato, algo que não deve ser praticado. Deve compreender isso sentindo na pele as consequências dos seus inconsequentes atos. A instituição do medo não educa, e ainda nos impede de progredirmos em busca de mudanças.

Correção é o ato de mostrar-lhes, pelo esclarecimento, os erros cometidos e suas respectivas consequências. A reparação das faltas ocorre quando não mais permitimos que nossos antigos erros sejam reprisados. Não precisam herdar nossos erros e desventuras, aquilo que não nos serve, elas não precisam disso. Mas devemos cuidar para que aperfeiçoem, fortaleçam, multipliquem, nossos acertos.

Se nossas atitudes do presente representam toda herança que nos legou o passado, podemos afirmar que nosso futuro poderá ser uma continuação de tudo isso. Não podemos confiar que leis, e regulamentos, obriguem o homem a ser virtuoso, pois virtude cultuada é hipocrisia, e não tem funcionado. Caráter se faz em casa, jamais na rua. Regulamentos e protocolos não podem fazer esse trabalho, jamais o poderão. Fosse assim, bastaria um decreto para banir da terra todas as angústias e conflitos humanos. Além disso, se existem leis para serem cumpridas, é porque, definitivamente, ainda não existe bom senso, consciência.

Ao orientar uma criança, ou jovem, deve o adulto, pai ou educador, ter em mente que seus problemas pessoais não resolvidos, poderão ser herdados por ela. Sua conduta tendenciosa, suas manias, seus desvios de comportamentos, sua maneira temperamental de agir, sua forma de criticar coisas e pessoas.

Desejando o educador, ou pai, mudar de postura, deve primeiro se perguntar por que precisa esperar algum tempo, tempo para processar as necessárias mudanças. É necessário algum tempo, para percebermos, que estamos com mágoa dos nossos desafetos, ou que fizemos da dissimulação, um modo de vida?

Parece que faz parte da tradição colocar as mudanças numa linha do tempo sempre distante de nós. E tudo isso é compreensível uma vez que ainda continuamos na dependência do mito da divindade, que descerá dos céus, para num passe de mágica, consertar tudo, dentro e fora de nós.

Fomos programados pelos nossos guias, para nos acomodarmos no conforto ilusório da infinita espera, onde tudo se conserta com oferendas, sem nenhum esforço pessoal. Nossa mente ainda não avançou um palmo em relação ao nosso parente troglodita que inventou a luz, por temer que das profundezas da escuridão da noite, um bicho papão viria ao seu encontro. Muda-se a indumentária, mas, o indivíduo que a veste, continua o mesmo.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Dicas para você ajudar o seu filho a ler escrever

Veja as melhores dicas para seu pequeno aprender a gostar de ler e escrever desde cedo






Você sabia que o ideal é incentivar seu filho a ler desde bebê? Quando crianças ouvem histórias contadas pelos pais, começam a entender coisas básicas. Aprendem que a leitura é feita da esquerda para a direita, veem a diferença entre palavras e desenhos...Confira outras dicas:
Como deixar o processo mais divertido?
Faça brincadeiras para seu filho gostar de ler e escrever. Pendure uma lousa na sua casa, brinque de fazer ditados ou palavras cruzadas e torne a missão algo alegre.
Como faço para estimular meu filho a ler?
O pedagogo Luca Rischbieter afirma que as crianças imitam os pais e é preciso dar o exemplo. Tenha em casa, à mão, revistas, livros e jornais. Leia e comente com ele a respeito das coisas novas que descobriu após a leitura.
O que posso fazer para ajudar meu filho a escrever?
Tenha sempre espalhado pela casa lápis, canetas, lápis de cor e papel. Escreva bilhetinhos, peça a ajuda dele para escrever a lista de supermercado e montar álbuns de fotos com legendas. Ele vai adorar.
A letra do meu filho é muito feia. Isso é um problema?
Não. Quando a criança está começando a escrever, ainda não tem tanta habilidade. Com o passar do tempo, vai adquirir prática e melhorar a letra. Observe atentamente a mão que ele usa para fazer outras atividades. Há casos de crianças canhotas que aprenderam a escrever com a mão direita e, por isso, não têm a letra muito bonita.
Devo me preocupar com a linguagem de internet?
Depende. Crianças que crescem em contato com livros infantis, contos e poesias conseguem entender e apreciar o uso da linguagem correta. É responsabilidade dos pais criar esse ambiente rico em cultura e ensinar aos pequenos que a linguagem de internet fica na internet!
Posso pressionar meu filho para ele aprender rápido?
Não. Cada criança tem seu próprio ritmo. Com o tempo, ela absorve as informações. Evite compará-la também com outras crianças.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Alguns Benefícios Didáticos do Jogo de Xadrez

O Cérebro é como um músculo, se usado Desenvolve Mais, caso contrário, atrofia


Parece que um dos grandes problemas dos nossos tempos, é a visão quase sempre parcial que temos das coisas à nossa volta. Isso normalmente ocorre porque valorizamos a especialização. Desde cedo somos condicionados a buscar na especialização uma resposta para todos os nossos problemas. Isso limita nossa visão do mundo, uma vez que passamos a ver tudo como fragmentos.

É como se olhássemos o mundo de uma janela, e a parte visível representasse tudo o que existe. Se emocionalmente reagimos de uma maneira bem peculiar, diante de cada situação, assim como nós, todas as outras pessoas, tem seu próprio modo de reagir às mesmas situações. Podemos constatar isso facilmente, pela observação dos nossos gostos, particularidades, medos, etc.

Um dos grandes desafios do educador, deveria ser o formar alunos dentro de uma filosofia integral. Por integral entendemos, ver o movimento da vida como uma coisa só, não estática, sempre dinâmica, e não como fragmentos, como é a visão especialista. Entendemos que a vida como um todo, retrata todas as faces do ser humano, suas crenças, os medos, os conflitos, as incertezas, a angústia e todo sofrimento ao qual está sujeito, e também seu funcionamento fisiológico. Mas não podemos ignorar, seu processo psicológico merece uma atenção especial.

Não podemos compreender um ente humano a partir de uma parte do seu comportamento, de uma posição social, de uma situação étnica, de uma postura ideológica. Ele é tudo isso e muito mais, mais do que podemos perceber com nossos sentidos ordinários, e nossa mente condicionada, limitada pela especialização.
De certo modo somos orientados desde cedo, a seguir uma carreira, a pensar dentro de uma metodologia, dentro de uma doutrina ou conjunto de regras, o que acaba se tornando o nosso mundo. Um mundo privado e cercado pelas muralhas desse conhecimento, que é o nosso saber, e atrás das quais nos escondemos, o que de certa forma nos conforta, pois é um terreno sempre conhecido, mas é como se além daquilo, nada mais existisse. 

Entender que a vida é dinâmica e está sempre em transformação, que é um mundo onde as alternativas mudam de posição a todo momento, como exige o próprio ir e vir do viver, capacita o estudante a ter uma mente mais flexível, com disposição a se renovar sempre, o que o facultará a acompanhar com mais realismo este incrível movimento. 

Uma mente flexível, sabe que as alternativas existem, e nunca se contenta com respostas prontas. É por natureza curiosa, está sempre aberta ao que é novo. O raciocínio lógico de algum modo capacita o jovem a pensar logo em alternativas, como possíveis respostas para seus problemas. Essa visão o impede de tomar decisões precipitadas em sua vida adulta, pois saberá que para todo problema, sempre haverá uma solução, e muitas alternativas para se chegar a ela. Uma mente assim é sem dúvida uma mente mais capacitada para lidar com a dinâmica da vida. 

Um dos maiores dilemas do ser humano é sentir-se encurralado diante de uma situação qualquer. Nesse momento, nossa mente não consegue raciocinar de uma forma lógica, coesa, racional, e os pensamentos se tornam mais ou menos fixos, ou ficarão gravitando em torno de uma mesma coisa, ou ideia, enfatizando as implicações do problema, como se estivesse presa numa espécie de vácuo mental. 

Numa condição assim, desaparecem as respostas prontas, e como que por encanto não conseguiremos vislumbrar alternativas, há como que uma espécie de engasgo temporário, do qual nossa mente não consegue se libertar. Isso acontece na maioria das vezes, devido ao nosso condicionamento rígido que valoriza a visão fragmentária, especializada, das coisas. 

E quase nunca somos capazes de ver um problema a partir da sua origem. E tentamos solucionar um problema pelos seus efeitos, o que é um grande erro, pois a consequência de um problema, na maioria das vezes, não representa o problema em si. 

Essa visão parcial limita nosso pensar, limita nossas ações diante de questões simples ou complexas. O indivíduo que se especializa numa determinada área do conhecimento, por certo terá uma visão bastante restrita de tudo que não diga respeito aos seus domínios. Isso é muito simples e lógico, mas nunca é tratado como uma das razões da angústia humana. 

Uma visão parcial, cria um individuo temeroso de tudo que possa encontrar além da sua área de atuação, se sentirá naturalmente inseguro diante de qualquer situação que fuja do seu repertório intelectual. Será por natureza conservador, e sempre dependente de outros para guiar seus passos fora daquilo que conhece. Um indivíduo inflexível, que dificilmente conseguirá ser feliz diante de uma vida, que está sempre em movimento, sempre a se diversificar, em constante renovação.
Possibilidades múltiplas precisam ser consideradas, diante de cada problema. Essa bem que poderia ser a primeira diretriz, que deveríamos passar para nossos filhos e alunos. Isso resolveria o problema das verdades únicas, que afloram mundo afora, criando verdadeiras legiões de fanáticos alienados. 

Teríamos um jovem sempre questionador, sempre disposto a aceitar, não apenas porque aquilo lhe é imposto, mas porque assim concluiu, depois de analisar dentre todas as possibilidades, que uma questão pode suscitar. Seguir sem questionar é fácil, é o que quase todos nós fazemos vida afora. Mas um indivíduo só se torna questionador, quando sabe que para cada questão, há sempre uma solução, dentre as inúmeras possibilidades que pode ter diante de si. 

Isso quer dizer que, uma mesma questão, apesar de ter apenas uma solução, tem vários caminhos para se chegar até ela, e não apenas um. Pode parecer simples, mas normalmente diante de um problema, ele emperra porque só conseguimos vislumbrar a solução que o mesmo exige, o caminho para onde o mesmo aponta, e nunca os caminhos alternativos que também nos conduziriam a essa mesma solução. O caminho único pode limitar nossa ação, mas diante de alternativas, acabaremos por encontrar uma que se mostre mais adequada ao nosso perfil e temperamento, aquela onde possamos exercitar todo nosso potencial criativo.
Uma visão mais ampla, quer dizer alguém que seja capaz de enxergar, não apenas o adversário que está diante de si, mas também todo ambiente à sua volta, todos os demais protagonistas que façam parte da cenografia, enfim, a maior parte possível do ambiente onde se desenvolve a trama, e seus possíveis desdobramentos, faculta um número maior de respostas. 

A visão geral da situação, onde também se inclui o adversário, nos permite fazer uma melhor avaliação do problema, ampliar o espectro de suas consequências, nos mostrar as opções das quais podemos dispor para solucioná-lo, e podemos mesmo concluir que pode nem haver um problema. Uma visão limitada e restrita de uma questão, pode nos colocar diante de uma situação com cara de problema, sem que fato o seja. 

Um jogador de Xadrez, tem diante de si problemas, situações que se apresentam, de um modo inicial, como de difícil solução. Mas, eis que ao erguer sua vista, ele pode vislumbrar mais adiante, ter uma visão panorâmica, geral, da coisa. Ao ver o tabuleiro por inteiro, ele pode apreciar melhor o problema que tem diante de si. Será capaz de avaliar, minimizar ou eliminar, seus possíveis efeitos, e o mais importante, conhecer todos os recursos dos quais dispõe para tentar solucioná-lo. 

Poderá prever se as soluções que imagina, terão o efeito desejado. Terá ainda diante de si, as possíveis consequências de cada decisão que decida tomar. Ele tem uma visão privilegiada da situação por inteiro. Pode reconstituir todos os passos, de modo que o conduzam à raiz daquele obstáculo, e diante dos fatos, pode finalmente aprender sobre os eventuais desfechos das falhas já cometidas, ou que venham a ocorrer. 

Saberá ainda como superar, no futuro ou no agora, cada dificuldade que se apresente diante dele. Para se aprender de forma adequada, a atenção é sem dúvida a qualidade mais importante. O jogo de Xadrez, se propõe a despertar em primeiro lugar, entre seus praticantes, esse essencial estado de vigília, o que os tornará observadores qualificados, mais cuidadosos com os detalhes, mais criteriosos e capazes em suas decisões. 

Sua visão se renova, seu modo de pensar se amplia, e terá a seu favor dois fatores, mais que importantes na solução de qualquer questão da vida. Um deles é a lógica que o ensinará a sistematizar e organizar uma questão antes de tentar resolvê-la. A outra é versatilidade, atributo de uma mente aberta, flexível, que está sempre disposta a experimentar as novas possibilidades, além daquelas já existentes, para solucionar uma mesma questão. 

Na visão tradicional, temos diante de nós, muitas soluções prontas para antigos e novos problemas. Se eles nunca se renovassem, seria um mundo perfeito, mas os problemas estão sempre mudando de forma, e as antigas soluções se mostram obsoletas, incapazes de resolver a coisa. Sendo orientado para, a partir do todo se chegar à parte, o jovem praticante de Xadrez, desenvolve a capacidade de antecipar situações possíveis de criar problemas. Logo, ele se torna mais capaz, não só de evitar futuros problemas, mas também de solucionar problemas, não apenas de natureza lógica, mas de qualquer natureza. 

Uma mente vigorosa, ativa, cheia de músculos mentais bem desenvolvidos, é o benefício imediato de quem mentalmente articula muitos caminhos e possibilidades para se chegar a um objetivo. É a mesma coisa de um autor de ficção, a criar uma trama onde, por exemplo, o personagem principal, ao caminhar por uma estrada cheia de obstáculos, tivesse que tratar cada um, de uma maneira sempre nova, o que não seria possível com uma mentalidade inflexível. 

Nessa prática, devemos ainda ensinar, que o jogo apesar de ser uma competição, não precisa tornar-se uma disputa, pois não deve existir perdedor ou vencedor, se ambos, jogador e adversário, estão aprendendo juntos.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Alimentação das crianças

Disfarçar alimentos, inventar histórias e não esquentar com a sujeira


Desesperados para ver os filhos se alimentarem corretamente, muitos pais lançam mão de chantagens pouco corretas para conseguir emplacar algumas colheradas. Ameaças como “se você não comer a salada, vai ficar sem videogame a semana toda” são pouco eficazes. Além de estabelecerem a alface como algo horrível e o videogame como algo incrível, elas podem gerar um estresse desnecessário entre adultos e crianças. O melhor é apostar em alguns truques práticos para fazer seu filho mudar de ideia em relação às comidas saudáveis.

1. Capriche na apresentação do prato 
As crianças comem, sim, com os olhos. Um prato bem decorado e colorido faz toda a diferença. É uma coisa simples de ser feita: desde colocar mais cores, que é resultado de uma dieta equilibrada, até montar uma carinha com os alimentos.

2. Invista em alimentos pequenos 
A lógica é simples: alimentos em miniatura fazem com que as crianças sintam que aquilo foi feito só para ela.  Mini legumes ou folhas de rúcula “baby”, por exemplo, tendem a agradar bastante. Mas não necessariamente precisam ser alimentos em miniatura. Ovinhos de codorna, por exemplo, também podem ser utilizados como incrementos.

3. Evite bebidas durante a refeição 
Diminuir o volume de líquidos durante as refeições pode ser uma boa pedida. Os líquidos ajudam a saciar a fome, ou dão a sensação de saciedade, ou seja, de estar satisfeito, oferecer água ou suco, portanto, somente depois do almoço ou da janta.

4. Ofereça primeiro o que ele menos gosta 
A maioria das famílias costuma fazer o contrário, mas o melhor para a criança que não come verduras é tê-las à vista antes dos outros pratos da refeição. Assim, ela estará com fome e pode consumir esta preparação mais facilmente.

5. Mantenha os alimentos saudáveis em lugares acessíveis 
Manter as frutas expostas na cozinha, ou até já lavadas e cortadas na geladeira, prontas para serem alvos de uma criança faminta. A fórmula também pode funcionar para legumes, como cenouras e pepinos.

6. Cozinhe com seu filho 
Estimular a criança a colocar a mão na massa pode fazê-la se alimentar melhor

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Dicas para fazer um bom uso da mochila escolar

Ela tem jeito certo de ser carregada, peso máximo e seu conteúdo deve, sim, ser supervisionado pelos pais. 



É só parar na porta de qualquer escola e observar a entrada e saída das crianças por cinco minutos, para perceber que muitas carregam mochilas de tamanho totalmente desproporcional à própria altura. Outras andam até curvadas para suportar o peso. 

Muitas vezes, isso ocorre por que a criança não sabe arrumar a mochila antes de ir para a escola e acaba colocando coisas desnecessárias, livros em demasia e até brinquedos. Os pais devem conferir o que os filhos levam na mochila todos os dias.

Não é só questão de ser um pai ou mãe antenados - olhar o que tem dentro da mala da criança é prezar pela saúde dela. A mochila pesada, principalmente em quem está em fase de crescimento, pode provocar dores, alterações posturais e problemas na coluna lombar.

Muitas vezes, também, os próprios pais colocam coisas demais na mochila dos filhos. Em geral, isso é bem comum entre os alunos menores. Os pais procuram suprir tudo o que o filho pode vir a precisar durante o período que estão fora de seu alcance direto.



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Criança e Internet: Que cuidados devemos ter

Crianças na internet

A Internet, como sabemos, está entrando na vida das pessoas cada vez mais cedo. As crianças, muitas vezes, sabem lidar com o computador e internet bem melhor que seus próprios pais. Os pais, para agradarem seus filhos, e pensando na educação e conhecimento deles, acabam presenteando-os com um computador ou notebook,com acesso à Internet.
A Internet, como sabemos, está entrando na vida das pessoas cada vez mais cedo. As crianças, muitas vezes, sabem lidar com o computador e internet bem melhor que seus próprios pais. Os pais, para agradarem seus filhos, e pensando na educação e conhecimento deles, acabam presenteando-os com um computador ou notebook,com acesso à Internet.

Muitos desses pais nem sabem mexer no computador, e assim, não conhecem os programas existentes e os perigos que podem conter neles. Outros pais, no entanto, sabem e conhecem bem o uso do computador e da Internet, porém, em função das longas jornadas de trabalho não conseguem acompanhar totalmente o que os seus filhos olham e fazem na Internet.


Sabemos que a Internet é uma grande fonte de entretenimento e conhecimento, atualmente, indispensável na vida das pessoas. Porém, também existem riscos que às crianças como a pedofilia, altamente preocupante; a pornografia e os crimes virtuais. As crianças não são como os adultos, que no geral sabem as consequências das atitudes. Elas são inocentes e em muitas vezes não sabem distinguir o certo do errado.


Como devemos então ensinar as nossas crianças a se comportar no mundo virtual?


1.Jamais colocar informações pessoais em sites de relacionamento


Não permita que seu filho coloque número de telefone, endereço da casa ou escola ou qualquer outro tipo de informação que possa ser encontrado.



2.Não use o site de relacionamento para expor a sua agenda


Instrua seu filho a não colocar informações em site como facebook e MSN de lugares onde estarão, com dia e hora. Muitos costumam colocar no MSN frases do tipo: “Amanhã natação no ginásio, espero vocês às 14 horas!”. Aparentemente uma frase simples, mas em uma mente maldosa pode oferecer muitas informações.



3.Nunca fale com estranhos


Não falar com estranhos é um dos primeiros ensinamentos que os pais dão aos seus filhos na vida. Ensine à eles que na Internet não é diferente. A suposta proteção que acham que possuem por estarem atrás de uma tela não é real, então, deixe isso bem claro para as crianças. Explique que as pessoas podem se passar por pessoas que não são, que um adulto pode dizer que tem a sua idade, mas na realidade não é o acontece.



4. Não mostre suas fotos e sua imagem


As crianças devem ser proibidas de enviar fotos ou ligar a webcan para pessoas estranhas, mesmo que elas considerem um amigo virtual. Como foi citado acima, muitos adultos se fazem passar por crianças para coletar informações da sua vítima. Não permita também que seus filhos coloquem fotos inapropriadas em sites de relacionamento, como poses que não combinam com a sua idade. Roupas curtas e de banho devem também ser evitas. Existem pessoas que encontram essas fotos e as divulgam em sites de pedofilia ou mesmo prostituição infantil.



5.Acompanhe as amizades de seus filhos


O principal de tudo é sempre ter contato com seus filhos. Uma boa conversa, explicando e esclarecendo tudo à eles é o melhor método de segurança na Internet e na vida. Dê confiança à eles, instrua a sempre contar o que acontece na Internet, com quem conversou, o que conversou, enfim, mostre-se preocupada e sempre converse muito.